CARROS E MOTOS NA INTERMINÁVEL GUERRA DAS RUAS

O Brasil somente deixará de ser um país pobre, ignorante, corrupto
 e violento (também no trânsito) quando suas instituições essenciais
 (Estado/democracia, sistema capitalista, império da lei e do devido 
processo e a sociedade civil) deixarem de seguir a lógica do capitalismo selvagem, 
extrativista e  concentrador, para se alinhar aos países do capitalismo evoluído e 
distributivo (Áustria, Austrália, Nova Zelândia, Islândia, Canadá, Alemanha, 
Coreia do Sul etc.), que contam em média com 5/6 mortes para cada 100 mil habitantes.
 (Professor e jurista Luiz Flavio Gomes)


– Em Boa Vista/RR, somos testemunhas oculares, dos últimos 14 anos, da queda vertiginosa da sociabilidade; do recrudescimento do medo; do descrédito para com as autoridades; da destruição do meio ambiente; da venda patética de votos para eleger os corruptos da região  e do recrudescimento da violência generalizada em todas as áreas sociais. As virtudes estão em queda livre, notadamente a praticada no trânsito. A outrora agradável e pacifica Boa Vista está deixando de existir.

– Da queda dos valores citados acima, vamos nos centrar, apenas no trânsito da cidade, o qual a cada dia, se torna mais perigoso e cada vez mais parecido com o transito infernal de outras tantas cidades brasileiras..

– Já é notório que milhares de motos e carros começam a disputar e a conquistar, de maneira violenta, palmo a palmo das áreas por onde correm as avenidas e as ruas da capital. O desrespeito, a ignorância e a violência são as marcas mais visíveis daquilo que muitos gostam de chamar de modernidade. Para nós, Idade das Trevas Moderna, sem bruxas e sim com um número expressivo de políticos, no comando da maquina pública, seguidores de Maquiável, do poder a qualquer custo e da riqueza, os quais, por uma questão óbvia, pouco fazem para minorar a violência no trânsito.

– Para corroborar com o paragrafo acima, o que vemos nas ruas e avenidas centrais da nossa cidade são centenas e mais centenas de motocicletas que circulam entre os carros, inúmeras vezes em velocidade incompatível com o local. Conseguem a proeza de transformar as duas pistas, com sentido único, de ruas e avenidas, em cinco pistas. O pior é que entre eles, as vezes, se detecta a presença de militares fardados, portanto representantes do Estado, tanto do Exército  da Polícia Militar e da Guarda Municipal, entre outros, contrariando leis elementares de boa conduta no trânsito. São exemplos nocivos e sem senso de responsabilidade, na certeza de que não haverá punições. Tudo isto é observado pela população amedrontada e acuada com tanta violência.

– Outros, simplesmente andam em zigue-zague, cruzam os semáforos no vermelho ou sobem até mesmo nas calçadas, colocando os pedestres, motocicletas e carros em perigo. Outros ainda, na ânsia de chegar em suas casas, trabalho  ou levar seus filhos para as escolas infringem, com a maior naturalidade, as normas de segurança e colocam seus próprios filhos e filhas em risco de vida, além da péssima educação de violência que repassam para eles.

– Por outro lado, os acidentes envolvendo motocicletas X carros e até mesmo motocicletas X motocicletas atingem cifras elevadas na capital, com mortes ou sequelas para o resto da vida para aqueles que conseguem a proeza de sobreviverem.

– Por este caminho dantesco, Boa Vista, ajuda a manter o ranking que transforma o Brasil no quarto País que mais provoca mortes no mundo. O Brasil é superado apenas pela China, Índia e Nigéria. Definitivamente estamos rumando para o primeiríssimo lugar. Dificilmente haverá mudanças para reverter tal situação.
  
– Outrossim, o Código Brasileiro de Trânsito estabelece  as regras que empalidecem cada vez mais. O artigo 193 estipula uma multa  de R$ 574,62 para os motociclistas que transitam  na divisa das pistas de rolamento e acostamentos. É considerada uma infração gravíssima, além de representar sete pontos no CNH. O artigo 192 aduz a necessidade de se manter uma distância de segurança, tanto lateral como frontal entre os veículos. É ato grave que implica em uma multa de R$ 127,69 e mais cinco pontos na carteira e por aí vai. No entanto, a impressão que se tem é que vários artigos dessa lei já não intimidam ninguém  e vai dando a impressão que aos poucos vai se transformando em lei morta em vários dos seus artigos.

– Agora, o que mais chama a atenção é a falta da presença do Estado nas ruas. A fiscalização e o policiamento é precário. O desrespeito  se torna normal e o descumprimento das regras vai se tornando norma no dia a dia do cidadão roraimense. É a certeza da impunidade entre aqueles que cometem os atos ilícitos.
– No entanto, apesar de tudo, o Estado teria as ferramentas para impor e restabelecer a ordem no trânsito. Bastaria aplicar as multas estipuladas nas leis; ter mais fiscalização fardada nas ruas (corruptos e corruptores devidamente punidos); monitoramento computadorizado de 24 horas nas ruas e avenidas, com fotos instantâneas no momento do ilícito; uma constante educação para a população que poderia até mesmo ajudar no combate às causas que levam parte dos cidadãos a agirem com tamanho desrespeito para com a vida deles e para com a vida de todos os outros; e, obviamente, um transporte público gratuito de alta categoria para todas as classes sociais, o que ajudaria a manter muitos carros e motos nas garagens, mas isto, em um Estado tão injusto nesta área, é pura utopia, como é também é pura utopia em nível nacional. 

– Porém, no momento em que o Estado não oferece mais a vigilância necessária de segurança aos governados, apesar de favorecer a criação de leis e mais leis as estatísticas provam que elas pouco estão a influenciar o controle da violência. O que se tem é o crescimento de mortes e sequelas ano após ano. Neste caso a situação é realmente critica e o pacto social, em um futuro não distante, tende a ser rompido. Essa ruptura, obviamente, sempre irá ocorrer com mais violência ainda, pois às outras áreas sociais também  já estão sendo atingidas por inúmeros crimes e descasos, além de uma corrupção endêmica desenfreada na enferrujada máquina governamental (federal, estadual e municipal), a qual carece de uma reforma higienizadora  justa e perfeita na política.

– Enquanto não ocorre essas mudanças higienizadoras, a violência insana segue o seu caminho montada em motos e carros pelas ruas e avenidas da capital, dando a sua parcela para que o Brasil passe a ocupar, no ranking dos países do mundo,  o primeiro lugar em mortes no trânsito, bem como o primeiro lugar do mundo em assassinatos. Aqueles que sobreviverem a esse holocausto com mais de 100.000 mil vítimas (assassinatos e mortes no trânsito), a cada 12 meses,  serão testemunhas do surgimento da Nova Ordem implantada exatamente por estes que estão no poder.

– Enfim, a escuridão se aproxima cada vez mais e a situação somente irá piorar, pois não acreditamos em mudanças, a médio e a longo prazo, destes que aí estão,  a décadas, na direção do Estado. O último que sair que apague a última luz e se prepare para o pior.
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O ÚLTIMO QUE SAIR APAGUE A LUZ PARA QUE AS TREVAS PREDOMINEM

– Parece que nesse pântano de águas putrefatas são poucas ou nenhuma flor de lótus consegue sobreviver por algum tempo. 
– É desanimador ver que pessoas, ainda com virtudes,  sejam tragadas pelo triunfo do mal, o qual se fortalece a cada dia mais.
– É desanimador viver em um País que pouco se preocupa com os cidadãos de bem. 
– Um País que pouco se preocupa com as verdadeiras causas da criminalidade e da corrupção.
– Um País que financia portos ultramodernos e universidades em outros países com dinheiro público em detrimento do seu próprio desenvolvimento e do seu povo.   
– Um País que não dá proteção adequada à família, que favorece a muitos criminosos do passado ou do presente,  transformando-os, simplesmente, em  falsos heróis. 
– Um País que encarcera muita gente, somos o quarto do mundo que mais encarcera, porém apenas negros, analfabetos, pardos, índios, pobre em geral, no entanto a ordem jurídica e política favorece aqueles que possuem riquezas ou influências no meio político. 
– Um País que chama um psicopata de 17 anos, 11 meses e 28 dias,  depois de ter cometida assassinatos com requintes de perversidade, de menor infrator por não ter completado os 18 anos, o que o transformaria, em um passe de mágica, em um cidadão de bem. 
– Um País que confisca dos salários dos cidadãos de bem quantias assombrosas para sustentar uma máquina governamental perversa que pouco  trará de benefícios em termos de cultura, educação, saúde e segurança para o povo em geral. 
– Um País que diz que a vida econômica do cidadão de bem melhorou muito, porém a que preço, já que ele está encarcerado dentro da sua própria casa, com medo de sair às ruas, pois as ruas se tornaram em um front de uma guerra civil sangrenta não reconhecida pelo Estado, com mais de 50.000 assassinatos por ano.
– Para finalizar esse desabafo, mais um cavaleiro da esperança, ou também se poderia dizer uma flor de lótus, parece que está sendo tragado por um sistema demoníaco, o qual tudo pode em nome da ideologia que professa. 
– Qualquer semelhança com o livro Nineteen Eighty-Four (1949) e Aninal Farm (1945), do escritor George Orwell,  não será uma mera coincidência em vários e relevantes capítulos desses dois livros. 
– E pensar que a grande maioria dos cidadãos não passam de marionetes a serviço e sob o controle dos que comandam esse País. Se calam, cruzam os braços, enquanto que o mal triunfa. Os poucos que gritam correm o risco se tornarem terroristas através de novas leis, pois o grito revela verdades e incomoda a nova ordem que se estabeleceu.
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– O pensamento acima é fruto do artigo abaixo que o vitmizado  e marionete cidadão brasileiro enfrenta em seu dia a dia, nesse País com tantas injustiças e impunidades, onde a corrupção se institucionaliza cada vez mais. 

Dias negros virão!

Carlos Chagas     

      
A LUZ QUE SE APAGA E A ESCURIDÃO QUE SE APROXIMA

Confirmam amigos chegados ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa: ele pedirá aposentadoria antes de ser sucedido, em abril do próximo ano, pelo ministro Ricardo Lewandowski, na direção maior do Poder Judiciário. Motivo: o desmonte do  mensalão,  que começará logo depois da mudança na presidência da mais alta corte nacional de Justiça.
Como? Através de manobra já engendrada pelo PT e  pelos advogados dos mensaleiros, com a aquiescência de Lewadowski, que permitirá a REVISÃO dos processos onde foram condenados 25 implicados num dos maiores escândalos da história da República. Estaria tudo coordenado, apenas aguardando a mudança da guarda.  Apesar de a revisão de processos constituir-se em exceção na vida dos tribunais, pois acontece apenas com o surgimento de fatos novos no histórico das condenações, já estariam em fase de elaboração os recursos de quase todos  os hoje  condenados, a cargo de advogados regiamente remunerados, junto com outros ideologicamente afinados com o poder reinante.  Nada aconteceria à margem de discussões e  entreveros jurídicos, mas a conspiração atinge a composição atual do Supremo Tribunal Federal. E a futura, também. O término do mandato de Joaquim Barbosa na presidência da Corte Suprema marcaria a abertura das comportas para a libertação dos criminosos  postos atrás das grades e daqueles  que se encaminham para lá.

Joaquim Barbosa não estaria disposto  a assistir tamanha reviravolta, muito menos a ser voto vencido diante dela. Assim,  prepara seu desembarque. Pelo que se ouve, não haverá hipótese de mudar a decisão já tomada, mesmo ignorando-se se aceitará ou não transmudar-se para a política e aceitar algum convite para candidatar-se às eleições de outubro.  Tem até abril para decidir, apesar das múltiplas sondagens recebidas  de diversos partidos para disputar a presidência da República.

A informação mostra como são efêmeros os caminhos da vida pública. Até  agora vencedor inconteste na luta contra a corrupção, reconhecido nacionalmente, Joaquim Barbosa pressente a curva no caminho, não propriamente dele, mas dos mesmos de sempre, aqueles que conseguem fazer prevalecer a impunidade sempre que não se trata de punir ladrões de galinha.   Afinal, alguns meses de  cadeia podem machucar, mas se logo depois forem revogados através de revisões patrocinadas pelas estruturas jurídicas postas a serviço das elites, terão passado como simples pesadelos desfeitos ao  amanhecer.  Não faltarão vozes para transformar bandidos em heróis.  A reação do ainda presidente do Supremo de  aposentar-se ficará como mais  um protesto da luz   que se apaga contra a escuridão que se aproxima.


O IMPERATIVO CATEGÓRICO


Enquanto esse horror não se configura, seria bom meditar sobre o sentimento ético. Pode-se ceder diante do império das circunstâncias, mas existe entre nós, indivíduos e nações, o imperativo categórico de que falava Kant, o incondicional comando de nossa consciência para agir como se a máxima de nossa ação fosse tornar-se uma lei universal da natureza.  Há que evitar  o comportamento que, se adotado por todos, tornaria a vida social impossível. Embora possamos adotar a mentira, não  poderemos aceitá-la como alternativa. Uma decisão da Justiça não é boa porque trás bons resultados, nem mesmo porque é sábia,  mas porque é feita em obediência ao senso do dever e em consonância com o imperativo categórico. Ética não é a doutrina de nos fazer felizes, mas de tornar-nos dignos da felicidade. Qualquer ladrão poderá   triunfar se conseguir roubar o bastante?

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OS NOVOS BÁRBAROS

– É lastimável, mas a situação no trânsito de Roraima está atingindo a patamares surreais. Quase todos os dias pessoas entram em óbito ou se acidentam gravemente nas ruas da capital e nas estradas do interior do Estado.
– Sou morador deste Estado a 14 anos. A situação no trânsito era aceitável. Havia mais educação e civilidade por parte dos motoristas, porém de alguns anos para cá a situação está ficando cada vez mais deplorável.
– O desrespeito das normas de trânsito é a marca mais característica, tanto pelos condutores de motos como pelos condutores de carros. A situação, simplesmente, piora a cada mês e muito pouco acaba sendo feito, a não ser muita conversa fiada por parte das autoridades.
– Na cidade de Boa vista, já observei dezenas de ruas secundárias sem sequer uma placa de PARE. Somente quem conhece a cidade, sabe que aquela determinada rua é preferencial ou secundária. Há centenas de placas corroídas pelo tempo sem reposição adequada, além de buracos nas ruas mal sinalizados e pouca fiscalização. Tudo isto acaba favorecendo centenas de acidentes e muitas das vítimas acabam se esquecendo que o responsável pela tragédia, muitas vezes, é exatamente o desleixo descabido da prefeitura. Tal situação caberia perfeitamente uma ação contra o poder  municipal perante tamanho descaso.
– Outrossim, tornou-se comum na cidade de Boa vista, a rua de mão única, com duas pistas, se tornar de cinco pistas. Basta olhar nos semáforos que da esquerda para a direita temos uma motocicleta, do lado um carro, do lado desse carro uma motocicleta, do lado dessa motocicleta outro carro e do lado desse carro outra motocicleta. Os condutores das motos ultrapassam os carros pelo lado proibido sem o menor constrangimento, só ainda não conseguem cruzar por cima dos carros. Tudo isto é feito em grande velocidade e muitas vezes carregando crianças, seus próprios filhos. 
– São poucos aqueles que realmente obedecem a sinalização e as normas e, por conseguinte,  temos um punhado de mortos todos os meses e isto sem falar daqueles que ficarão sequelados pelo resto das suas vidas. Na UTI do HGR, a maioria dos leitos, acaba sendo ocupado pelos condutores tresloucados de motos.
– Nos semáforos é comum, tanto motos como carros, cruzarem o sinal vermelho e mais comum ainda é a falta de civilidade entre os motoristas, os quais, muitas vezes, nos apresentam verdadeiras cenas de barbárie sem termos que ver os filmes de terror da Sky.
– Neste fim de semana, ao sair da vicinal do sítio da família e entrar na BR 174, tivemos plenas cenas dessa incivilidade e desrespeito ao próximo. Já tínhamos entrado na BR. Na frente seguia meu filho em uma Ranger, logo atrás estava eu, em uma S10. Pelo retrovisor vi uma Hilux saindo da vicinal em velocidade não compatível para o momento e, simplesmente, entrando na contra mão da BR. Por pouco  não houve um acidente, pois um carro que vinha em sua mão teve que frear bruscamente. A novela não termina por aí. O condutor da Hilux se aproximou de mim. Vendo que esse novo bárbaro estava querendo me ultrapassar, deixei um espaço maior entre o meu carro e do meu filho, pois pressenti que esse condutor não estava muito bem e assim facilitar a sua ultrapassagem. Mas para a minha surpresa e a do meu filho, o condutor problemático simplesmente ultrapassou, em alta velocidade, pelo acostamento da direita, fazendo com que meu filho jogasse, perigosamente, o caro para a esquerda. O mais interessante é que próximo da barreira da PRF encontramos novamente o dito motorista incivilizado, o qual estava com uma velocidade mínima, quase parando. Foi observado por mim que, em alguns momentos, ele estava em zigue zague. Sinais de drogas legais ou ilegais? Por precaução e com certo temor tivemos que ultrapassá-lo rapidamente. Na barreira da PRF, pelo retrovisor, verificamos que o policial rodoviário federal o deteve e seguimos em frente. Tais fatos poderia ter virado em uma tragédia, envolvendo os três carros e simplesmente engrossando as estatísticas do genocídio que ocorre no trânsito do Estado de  Roraima.
– Portanto, está se tornando um risco dirigir pelas estradas de Roraima e pelas ruas da capital. Os novos bárbaros contam com a impunidade. Saem pela porta da frente da delegacia sem o menor constrangimento, pois existe uma penca de leis mal elaboradas pelo legislativo, as quais acabam favorecendo esses grupos de sequazes, anjos demoníacos, que ceifam a vida de milhares de inocentes.
– E as autoridades? A grande maioria, pouco faz para mudar esse quadro dantesco, pouco faz para conter este genocídio, mas, no entanto, são refinadas na demagogia, em mentiras e em corrupção. Assim, infelizmente, caminha Roraima. Assim caminha o Brasil. 
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QUEM SABE ESSE ANO SEJA DIFERENTE.

– O artigo 6º da Carta Cidadã (CF/88) é enfático quando afirma:

“São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.

– Iniciamos o ano de 2014 com vários presentes de grego, de governos municipais estaduais e federal, com reajustes absurdos de impostos. Alguns reajustes foram feitos de maneira  esperta, para não dizer criminosa,  já no apagar das luzes de 2013. Fica  mais fácil de fazer esses aumentos já que a população está preocupada com as datas festivas de fim de ano. Aqui em Roraima não foi diferente. Agora já temos a segunda passagem de ônibus mais cara do Norte. Perdemos apenas para Manaus. 

– Neste contexto, temos também o aumento do salário mínimo a vigorar a partir de primeiro de janeiro de 2014 (já pulverizado com as dezenas de aumentos de taxas, impostos etc.), o qual, na realidade, não supre as necessidades de uma só pessoa quanto mais de uma família. É algo totalmente inconstitucional, que vem permanecendo há décadas, com muita demagogia e hipocrisia por parte dos gerentes do Brasil, o que, infelizmente, acaba lhes rendendo muitos votos nos pleitos eleitorais por parte do povo com menos conhecimento de civismo e de cidadania. 

– O pior de tudo, mesmo com a arrecadação federal batendo recordes e mais recordes, onerando cada vez mais os trabalhadores  de todas as classes sociais, excluindo obviamente, os concentradores de rendas, os corruptos e outros mais. O retorno em serviços para com a população em geral é pífio ou recebem apenas migalhas, em alguns casos nem existe. Basta ver o estado das nossas estradas, a saúde, a (in)segurança,  o recrudescimento do império do crime organizado, do tráfico de órgãos, do tráfico de drogas, do tráfico de armas, a educação de má qualidade, pouca cultura, alta deficiência em moradias populares, saneamento básico ruim ou inexistente etc. etc. etc. etc., para se ter a exata ideia desse descalabro instituído pelos que estão na gerência da república desde o fim dos governos militares. 

– O gráfico do orçamento da União de 2014 ajuda também a se ter uma ideia de como estão sendo aplicados os nossos impostos, como, por exemplo, em moradia com o patético percentual de 0,02% e segurança pública, com as migalhas de 0,35%. Neste item de segurança pública, de acordo como site da Veja, somos a sétima Nação mais violenta do mundo em criminalidade, em torno de 50.000 homicídios em 2012 e rumando para a conquista do primeiríssimo lugar.

– Como tudo na história dos povos, estamos chegando a um ponto de ruptura. Esses governantes que aí estão devem decidir definitivamente a quem realmente eles devem apoiar: ao povo, com a aplicação social correta e não demagógica dos nossos altíssimos impostos, ou a continuarem a privilegiar os banqueiros, as transnacionais internacionais e nacionais,  obviamente com a continuidade das privatizações do nosso patrimônio no bom estilo neoliberal.  Por esse caminho, a lição de casa está sendo bem feita pelos gerentes. A corporatocracia globalizada realmente agradece!

– Insta gizar, que uma das armas contra essa espécie de ditadura sutil a que estamos sendo submetidos (uma servidão moderna), que nos vitimiza ano após ano,  seria a DESOBEDIÊNCIA CIVIL. Neste sentido, Gandhi assim se pronunciou:  “A DESOBEDIÊNCIA CIVIL É UM DIREITO INTRÍNSECO DO CIDADÃO. NÃO OUSE RENUNCIAR, SE NÃO QUER DEIXAR DE SER HOMEM. A DESOBEDIÊNCIA CIVIL NUNCA É SEGUIDA PELA ANARQUIA. SÓ A DESOBEDIÊNCIA CRIMINAL COM A FORÇA. REPRIMIR A DESOBEDÊNCIA CIVIL É TENTAR ENCARCERAR A CONSCIÊNCIA”. 

– Enfim, quem sabe este ano de 2014 não será o ano da virada, com o estouro da “boiada mansa” para uma mudança drástica em nossos destinos. Também não podemos de nos esquecer que as urnas são eletrônicas e ultrapassadas, já que são de primeira geração. Também não podemos de nos esquecer de que eles têm em suas mãos as mídias televisivas com muito, mas muito mesmo, entretenimento fútil, bem no  estilo do antigo Império Romano: “PÃO E CIRCO PARA O POVO” e muitas mentiras  ou meias verdades travestidas de verdades pétreas para iludir o povo.  Olha aí a Copa do Mundo, regada com muito dinheiro dos nossos impostos, os quais poderiam ser direcionados para saneamento, seca no nordeste, segurança, educação, moradias, hospitais etc.

– Vamos aguardar as novidades que irão se desenrolar durante o ano de 2014 para o bem deles ou para o nosso bem. Que o Deus do nosso coração nos ampare contra essas trevas que nos mantém dentro dessa servidão moderna. Que nos ampare também na luta contra essas forças demoníacas globalizadas para um novo pacto social.


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LIVRO: TRÁFICO DE ÓRGÃOS NO BRASIL

– Conclamo a todos que aqui passam para lerem o livro Tráfico de Órgãos no Brasil, escrito  pelo cidadão Paulo Pavesi.
– A princípio esse livro não será publicado no Brasil por diversas pressões, até  mesmo politicas, no entanto o livro estará a disposição em PDF e gratuitamente a partir de 2014 para aqueles que se interessarem pelo importante assunto. 
– O livro será publicado nos EUA e Inglaterra devido a sua grande importância. Poderá ser comprado através do amazon.com. 
– O site do cidadão asilado na Itália, Paulo Pavesi  é: http://ppavesi.blogspot.com.br/2013/12/o-livro-chegou.html.  
– Enfim, aqueles que estejam preocupados com as suas filhas e filhos seria interessante lerem a obra.


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QUE PAÍS QUEREMOS DE FATO?

– Algumas vezes tenho vontade de abandonar esse blog, quando vejo que o dia que passou, os meses que passaram, os anos que passaram, pouca coisa mudou no contexto da violência social, econômica e, principalmente a  criminal,  a qual atualmente atinge a patamares históricos, fazendo com que sejamos a sexta nação mais violenta do mundo. Em pouco tempo estaremos ocupando o primeiríssimo lugar.   
– Neste contexto temos o circo do mensalão, o qual continua rendendo muito para os incautos observadores, porém basta olhar nas bordas dos acontecimentos sociais e econômicos para se verificar que a história é bem diferente. Que esses foram apenas alguns dos criminosos que receberam brandas sentenças. Falta outros criminosos de gestões anteriores a Dilma e Lula. A faxina deveria de ser completa e para todos desde o fim dos governos militares. 
– Deixo abaixo apenas dois gráficos  para que se faça uma reflexão sobre como a arrecadação dos nossos impostos, um dos mais altos do mundo, está sendo repartido. Essa má repartição deveria de ser questionada pela população, porém essa mesma população teria que ter muito conhecimento, cidadania, moral e civismo para conseguir enxergar as causas que levam a tal fato e agir de maneira adequada para reverter essa festança da repartição do bolo, a qual beneficia a poucos, principalmente os 42,42% para 2014 e os 35,57% de 2009, da dívida para com banqueiros e megacorporações econômicas. É bom observar que ainda temos os criminosos desvios bilionários da arrecadação. Com a palavra os corruptos e corruptores! 
– Enfim está má distribuição também é uma das causas da violência e do nosso atraso tecnológico  a que somos submetidos diariamente pelos gerentes do Brasil a longas décadas.
  
ORÇAMENTO  GERAL DA UNIÃO PREVISÃO PARA 2014.
  
ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO EM 2009.

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A ASCENSÃO DA CRIMINALIDADE

– A criminalidade, na cidade de Boa Vista, no Estado de Roraima, com uma população estimada em torno de 308.996 habitantes, vem recrudescendo cada vez mais quando comparado com o paraíso que era essas paragens a poucos anos atrás, quando as pessoas ainda deixavam as janelas das suas casas abertas e a chave do carro na ignição.

– Atualmente é notório que as vítimas se multiplicam a níveis estratosféricos e todos nós sabemos que o tratamento dado aos cidadãos vitimizados pelo atual Estado é precário  e, muitas vezes, a vítima acaba sendo até mesmo duplamente vitimizada pelas próprias autoridades do Estado.

– Os jornais televisivos e escritos da cidade, todos os dias, falam da violência a que são submetidos os roraimenses. Os assaltos a mão armada são contínuos, os estupros de mulheres, de crianças e adolescentes se multiplicam, o comércio de drogas, em franco crescimento, passa a ser a única alternativas para muitos adolescentes e adultos.

– O pior de tudo é que inúmeras vezes, a nossa briosa Polícia Militar, cumpre com a sua determinação ao deter dezenas de criminosos, os quais são apresentados para a Policia Judiciária e muitos acabam sendo levados para prisão, enquanto que outros saem pela porta da frente da delegacia por força de leis mal elaboradas por um legislativo de pouca reputação.


– Neste sentido, já não é mais surpresa verificar que grande parte desses meliantes flagrados em algum tipo de delito são albergados, beneficiados pela condicional ou simplesmente fugitivos do nosso fracassado sistema correcional.


– Outrossim, dezenas de criminosos encarcerados, habitualmente, empreendem fugas cada vez mais audaciosas. Em questão de horas passam a exercer o seu mister no comércio e nas ruas da cidade, levando o terror a toda a população. A sensação de insegurança é constante para toda a sociedade acuada, constantemente vitimizada e revitimizada.

– Milhares de bons cidadãos, já não acreditam nas autoridades constituídas  e tampouco nas leis, ensejando assim o surgimento de um quadro anômico em termos psicológico e sociológico. Particularmente, neste sentido, vemos in loquo, nos deslocamentos pela cidade, vários atos de incivilidades desde uma simples desobediência de alguma norma social a assaltos a mão armada em plena luz do dia.


– Outro fator denunciado  neste ano de 2013 foi a presença do crime organizado (PCC) no Estado. A denúncia partiu pelo próprio Ministério Público, inclusive pela mídia nacional. A presença do PCC no sistema penitenciário roraimense passa a ser uma realidade. Praticamente o Estado perdeu o controle dentro das cadeias públicas, pois as fugas são rotineiras. Drogas licitas, ilícitas e celulares fazem parte do cotidiano dos sentenciados dentro do sistema penitenciário. Um cidadão que ficou, a princípio, injustamente preso por 25 dias comentou as barbaridades que ocorrem dentro do presídio, inclusive lutas por dinheiro entre os detentos e outras arbitrariedades. Até mesmo fugas, suspeitas, acontecem com uma frequência vergonhosa, para o desespero dos cidadãos pagantes dos mais altos impostos do mundo e praticamente muito pouco é feito para, pelo menos, minimizar essa situação.

– Por outro lado, temos a certeza de que os sentenciados não são recuperados  socialmente pelo sistema. Ao contrario, se tornam mais degenerados pela falta de apoio de uma política que realmente recuperasse esses cidadãos desviados, muitos dos quais acabam sendo absorvidos por organizações criminosos terroristas em um ciclo de violência sem fim.


– Por outro lado, a corrupção desenfreada e impune, tanto a nível federal como estadual de corruptos e corruptores, também é um fator  de ajuda para o incremento do crime, principalmente do crime de colarinho branco. O resultado são denúncias e mais denúncias, indícios e mais indícios e tudo continua por igual com raras e honrosas exceções do tipo Mensalão. Para esses corruptos e corruptores, os cidadãos sentenciados e os cidadãos de bem que se danem. Heis aí a mais dura realidade do verdadeiro império do Crime Organizado de Colarinho Branco (COCB), muito superior ao PCC e de outras facções criminosas terroristas espalhadas pelo País.


– Por esse sentido, as causas dessa degeneração social estão sendo, hipocritamente, mal combatidas pelas atuais autoridades eleitas pelo povo, o qual encontra-se influenciado por diversos meios ocultos e não ocultos de controle social. É lastimável verificar que essa “boiada mansa”, acaba sempre votando nesses senhores e em seus compadres através de urnas eletrônicas, as quais estão sendo denunciadas por especialistas da área de informática e em redes sociais, como inseguras e ultrapassadas.


– Infelizmente, grande parte da população é desprovida de cultura, sem conhecimentos de civismo, de história, de moral e de educação básica familiar, praticamente se transformam em escravos modernos nas mãos de políticos, de banqueiros e de grandes corporações econômicas enquanto a violência criminal vai rumando para patamares históricos.


– Outro aspecto que ajuda a manter esse sistema de insegurança social está  exatamente na distribuição dos impostos federais arrecadas. Em 2012 destinaram apenas migalhas para a educação, cultura, saúde e segurança. A maior parte foi para o pagamento de juros e amortizações de uma dívida externa altamente questionável; para o pagamento de banqueiros;  de grandes corporações econômicas capitalistas e isto sem falar da corrupção enraizada dentro das estruturas governamentais  em dezenas de Estados federados, incluindo, obviamente, o estado de Roraima.


– Infelizmente, em Boa Vista, como em quase todo o País, a criminalidade agiganta-se e as verdadeiras causas não estão sendo combatidas como realmente deveriam. Desta maneira acaba-se preservando a politicagem, a corrupção e a manutenção do status quo dos políticos e dos grandes grupos econômicos que os sustentam. A violência continuará a crescer. Isto assusta e espalha o terror para todas as famílias, principalmente para as mais pobres, pois o Estado, aparentemente  da mais proteção a quem cometeu licitudes do que para com as vítimas, as quais, muitas vezes, acabam sendo revitimizadas,  hora pelos criminosos, hora pelo próprio Estado.


– Porém, para que ocorra boas mudanças sustentáveis, com o devido controle da criminalidade, somente com uma política voltada para o bem da sociedade e não para para banqueiros e grandes corporações econômicas voltadas apenas para o consumismo. A revisão da dívida externa é ponto crucial, pois consome quase 50% da arrecadação dos nossos impostos somente em juros e amortizações; a dívida pública deve de ser revista para que não caia nas mãos de banqueiros; é importante o surgimento de um sistema penal realmente voltado para a reeducação do apenado, geralmente negro, pardo, analfabeto e pobre; o controle real da corrupção  é extremamente importante, pois é exatamente esse fator que corroí tanto a sociedade como a estrutura republicana. Todos esses fatores, e muitos outros não citados aqui, acabam influenciando a nossa democracia,  transformando-a, paulatinamente, em uma democracia orquestrada, manipulada e condicionada, fazendo com que as vítimas se multipliquem e o crime organizado se fortalece cada vez mais.


– Não podemos de nos esquecer que atualmente tanto os cidadãos de bem como o encarcerados não deixam de ser, ambos, vitimas nas mãos de políticos demagagos e de outros que ocupam altos cargos dentro do sistema republicano.


– Enfim, em 2014, mais uma vez, teremos uma chance de reverter o atual quadro, porém fica a preocupação das urnas serem eletrônicas, não sendo 100% confiáveis e além de termos um sistema eleitoral repleto de falhas. Se tudo isto não der certo, ainda resta a sociedade aderir a uma desobediência civil ampla e irrestrita para forçar todas essas mudanças e outras mais a curto prazo e a longo prazo. Todas estrategicamente necessárias para a segurança da sociedade e para o bom desenvolvimento  da nossa sofrida Nação.
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CU DE BÊBADO TEM DONO SIM

Achei interessante reproduzir esse artigo abaixo. O título da monografia é bem sui generis e mostra uma realidade enraizada e fortalecida por muitos interessados (políticos e outros segmentos) na manutenção desse tipo de criminalidade e, quem sabe, futuramente legalizado por lei. 
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Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrãoserrao@alertatotal.net
Cu de bêbado tem dono sim”. Eis o título de uma monografia, que gerou polêmica e causou sucesso, esta semana, nos meios acadêmicos e jurídicos. O trabalho foi lançado, quinta-feira passada, pela estudante universitária da 6ª série do curso de Direito Thays Gonçalves, de 19 anos, no IV Congresso Jurídico-Científico da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo. Aliás, parabéns à aluna e a sua orientadora de iniciação científica, professora Gisele Salgado. A foto acima é do acervo da estudante e fica aqui registrada em nossos anais (sem trocadilho).


Por mera coincidência do destino, SBC é a cidade onde mora nosso Presidentro – que o folclore político revela ser chegado a uns gorós além da conta. Também por mera coincidência do acaso, o consistente trabalho com polêmico título foi apresentado na XIII Semana Jurídica da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo. Novamente o 13, número do azar ou do PT. Para piorar a mandinga, num dia 31 de outubro (Dia das Bruxas ou Dia do Saci, como preferirem).


Folclore e coincidências à parte, o trabalho da Thays é sério. Apesar do título chulo chamativo, o subtítulo chama atenção para um crime gravíssimo, praticado impunemente no Brasil (principalmente por muitos políticos, ocultamente chegados a uma pedofilia ou a ações sexuais bizarras com jovens virgens escravizadas, principalmente recrutadas no interior do miserável Nordeste): “Estupro de Vulnerável em caso de Embriaguez Feminina”.


Um adendo: o trabalho da Thays nem podia tocar na barbaridade anteriormente relatada entre parênteses que é um dos mais hediondos crimes praticados no submundo da politicagem brasileira, sem que os criminosos possam ser denunciados e punidos pela Justiça. Mas quem conhecer os podres bastidores de Brasília sabe muito bem como funciona o esquema de prostituição, drogas, e outros vícios em torno dos ambientes de podres poderes. Nenhuma decisão importante entre corruptos é tomada fora destes ambientes de alta putaria.


Feito o adendo, voltemos ao trabalho brilhante da Thays Gonçalves. A estudante se aprofundou na interpretação do artigo 217-A do Código Penal: ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos. Lá está escrito que “incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência”.


Os pedófilos e corruptos da nossa política que agora estiverem lendo nosso texto devem ficar com as barbas de molho. As “barbaridades sexuais” de muitos deles foram alvo, também, da tal “espionagem norte-americana” (crime transnacional que fez nossa Presidenta Dilma Saramandaia rodar a baiana). Muitos petralhas e comparsas de crimes ficaram com os deles apertadinhos (como se deduz no chulo termo popularesco do título do trabalho da criativa universitária Thays).


Aliás, em crimes sexuais, tem um escândalo providencialmente abafado que envolve um petista que até outro dia trabalhava como aspone na Casa Civil da Presidência da República Federativa do Brasil. Ex-assessor especial da ministra Gleisi Hoffmann, encarregado de cuidar da política para menores e do programa Mais Médicos, Eduardo Gaievski está preso.


O ilustre petista foi investigado e denunciado pelo Ministério Público do Paraná – suspeito de ter praticado pedofilia em mais de 40 crimes sexuais, sendo 26 estupros. Suspeita-se que ele e sua turma tenham cometido dez vezes mais estupros do que o MP lhe acusa. Agora, a denúncia é de que as famílias das vítimas estão sofrendo pressões para não levar adiante o escândalo – o que parece ser uma missão praticamente impossível, dadas aos indícios e ao elevado número de vítimas.


Tamanha barbaridade tem coerência com a conjuntura política, econômica e psicossocial de Bruzundanga. A impressão é que o brasileiro nunca foi o dono de seu ânus. Histórica e simbologicamente, sempre tivemos alguém para abusar de nossa Nação e de nosso povo. Somos violentados e estuprados institucionalmente por um sistema Capimunista baseado em negócios promíscuos entre a máquina estatal e a oligarquia empresarial (daqui de dentro e de fora). E o povo, prostituído, fica no meio do negócio.


Por isso, trabalhos como o da estudante Thays e como a ação corajosa do Ministério Público do Paraná, além de merecerem aplausos, também servem, simbolicamente, para nos lembrar que o brasileiro precisa ser o dono do seu… Enquanto não formos, o Governo do Crime Organizado continuará nos violentando literalmente.


Não basta tirarmos o nosso da reta. Precisamos reagir, definir uma doutrina e colocar em prática, urgentemente, ações para tornar o Brasil uma Nação de verdade – e não a mera colônia de exploração de sempre. 

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CRIANÇAS ABUSADAS E A IMPUNIDADE

– Por estes dias, um artigo me chamou a atenção publicado no jornal da cidade (Folha de Boa Vista), apesar de não ter nenhuma novidade sobre o que foi escrito. O título é bem sugestivo: Respeitem a criança  e o adolescente – Digam não a exploração sexual (1).
– Reproduzo um pequeno trecho da máteria: Tratam crianças e adolescentes como se fossem objetos, e estragam a vida e os sonhos de pessoas como Edvalda Pereira da Silva. Ela tem 11 anos, mas já aprendeu as manhas da profissão: não entra no motel, ou no carro, sem receber o dinheiro antes, guardado sempre por outra amiga. Não conhece o pai e sua mãe, que trabalha na zona de meretrício, não se importa com quem  e onde ela dorme. Edvalda se acha igual às outras meninas que fazem programa. Com uma diferença: “Eu ainda não tenho peito” (Dimenstein, 1992, p. 69).
– Esse quadro, de prostituição de crianças e adolescentes é assustador e mais assustador ainda são as pessoas, incluindo aqui muitas autoridades, muitas vezes acima de qualquer suspeita, que procuram a satisfação dos seus desvios sexuais, abusando de crianças com seus corpos ainda em formação, sem poder de criticidade, carentes de quase tudo e principalmente meninos e meninas pobres.
– Por este caminho, a exploração sexual crescente de crianças e adolescentes em meu Estado e em todo o Brasil não é mais nenhuma novidade. As políticas públicas são insuficientes para conter o vertiginoso e lucrativo aumento da prostituição infantil, do tráfico sexual de crianças e de adolescentes. É devastador ver o número de crianças sendo abusadas sexualmente ou até mesmo sendo mortas por essas pessoas doentias e perigosas, as quais, segundo indica algumas pesquisas, possivelmente também esses vitimizadores foram abusadas em sua infância.
– Outro detalhe importante é o aumento do número de casos que chegam até a autoridade policial, porém isto é apenas uma ponta do iceberg. A situação é bem pior, pois as cifras negras não podem ser computadas.
– Outrossim, os fatores que levam uma menininha ou menininho a se prostituir são vários e entre os quais temos a desestruturação da família, os mais variados programas  de TV tendenciosos e apelativos, marketing agressivo que influi na erotização precoce de crianças, apelo capitalista ao consumo desvairado, direcionado inclusive para crianças que mal acabaram de nascer, pornografia disseminada pela internet de fácil acesso, drogas (alcool, tabaco, crack, maconha e outras porcarias infernais), governos municipais, estaduais e federal demagogos, mergulhados em corrupção e mentiras deslavadas etc.
– Por outro lado, o quadro se torna mais dantesco ainda quando vemos criminosos que abusaram de crianças, sentenciados a longos anos de prisão, porém, graças a vários recursos, acabam tendo a pena diminuída(2), como foi o caso da quadrilha de pedófilos denunciados pela  Operação Arcanjo em 2008(3) pela Policia Federal, no Estado de Roraima. Obviamente esses envolvidos são pessoas com prestígio e poder e logo estarão  nas ruas novamente, sem a mínima recuperação, com grandes possibilidades de que voltem a abusar de novas vítimas indefesas, preferencialmente, pobres e fragilizadas pela desestruturação familiar. 
– O mais interessante desse caso é que ficou impregnado no ar que essas pessoas foram seduzidas por  crianças “prostitutas” e que eles, os réus, são pessoas normais e acima de qualquer suspeita. Coisas do Brasil, onde a inversão de valores e a impunidade são marcas, indelevelmente, registradas e com o apoio de dezenas de recursos favoráveis aos vitimizadores, afinal de contas os direitos humanos também são válidos para eles, embora a reciproca não seja tão válida para as pessoas vitimizadas.
– Ah! sim, as pessoas que abusam sexualmente de crianças, dificilmente conseguem a cura dessa preferência sexual. Para esses casos, o castramento químico seria uma notável solução para esse desvio, bem como o monitoramento constante dessas pessoas nos lugares onde possuírem suas residências, mas aqui não é Londres e tampouco EUA. 
– Por esse caminho trevoso, também temos o absurdo do Projeto do Novo Código de Processo Penal (PLS 236/2012), “Código do Mal”(4) para alguns, que, em alguns artigos, acaba incentivando a prostituição de adolescentes, bem como, se aprovado, irá permitir que um um adulto ou adolescente  possa se satisfazer sexualmente com   jovens acima de 12 anos. Também fica óbvio um incentivo a mais para o turismo sexual em busca de adolescentes e crianças, aliás isto já é fato consumado, independentemente desse código hipócrita, que caso seja aprovado com esses artigos patéticos e outros puramente tendenciosos, se tornará um motivo de piada, além de se tornar uma vergonha internacional(5).
– É de bom alvitre que se diga que um governo minimamente sério estaria preocupado em dar toda a proteção as suas crianças e adolescentes, pois haveria implicações econômicas e sociais no futura da Nação. Veja o exemplo da Inglaterra, a qual busca aperfeiçoar o método de castração química, além da aplicação de duras penas que um abusador de crianças terá que enfrentar. A Itália, França e EUA também utilizam a castração química. Aqui no Brasil, as penas são leves, os vitimizadores, desde que tenham dinheiro, terão a sua disposição dezenas de recursos e bons advogados. Em pouco tempo estarão de volta às ruas e, se bobear, alguns ainda serão candidatos a cargo político em eleições futuras, com grande possibilidade de vitória. No Brasil é assim, leis que acabam favorecendo os réus e a vítima que se dane, muitas vezes revitimizadas até pelo próprio Estado.
– Apesar de todo essa polêmica absurda, ainda temos instituições sérias que se preocupam com o desamparo que uma criança possa sofrer. Entre elas temos a Associação de Juristas Evangélicos(6) (ANAJURE)  e o Instituto Alana(7). Este último voltado apenas para os problemas que afetam as crianças em sua dignidade. Trabalha em quatro frentes: comunidade, educação, defesa  e futuro. Vem lutando a anos para que a Nação tenha uma legislação que controle o agressivo marketing que aplica bilhões de dólares  para seduzir crianças que ainda não possuem uma formação critica adequada, além de roubar a infância delas, transformando-as em mini adultos materialistas, individualistas, obesos  ou em algo pior.
– E assim, vamos que vamos na esperança, quase que vã, de que um dia tudo isto possa mudar e que esse País possa deixar de ser uma referência para o turismo sexual infantil, que um dia, talvez, esse País possa dar mais dignidade para as nossas crianças, para que não sejam apenas objetos sexuais e máquinas de consumo exacerbado de tudo que é tipo de porcaria oferecido por pessoas desequilibradas, por criminosos e, obviamente, pelo atual sistema ideológico econômico capitalista desvirtuado e altamente predador.

(1) http://folhabv.com.br/noticia.php?id=160346 
(2) Penas de Réus são reduzidas para 306 anos.
(3) Operação Arcanjo: Prisões por pedofilia completam 2 anos.
(4) http://www.anajure.org.br/o-codigo-do-mal/ 
(5) Malta quer mudanças radicais no Novo Código Penal Brasileiro
(6) http://www.anajure.org.br/
(7) http://www.institutoalana.com.br/ 

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VÍTIMAS DO ESTADO ANÔMICO

– Em meio ao crescente estado de anomia que assola a sociedade, as vítimas se multiplicam assustadoramente e rapidamente acabam sendo esquecidas, passando a ocupar um papel secundário dentro do sistema retrógrado penal brasileiro.

– Na atual conjuntura capitalista ideológica social/econômica/judiciária, infelizmente, os holofotes acabam  sempre se direcionando para o vitimizador e sem que se estabeleça um equilíbrio entre o réu e a  vítima, proporcionando assim uma inversão de valores que acabam favorecendo muito mais o vitimizador do que a  própria vítima, só que em última estância o próprio réu acaba por se transformar em vítima pela não ressocialização e incentivos indiretos para a continuação da criminalidade, principalmente para os pardos, negros e pobres.
– Neste sentido, nos últimos dias, circula freneticamente pela internet um vídeo(1) no qual uma dupla de assaltante jovens, um negro e outro pardo, um deles armado com arma de fogo, assalta um motociclista, porém no momento da fuga um dos criminosos, com uma longa ficha crimes, acaba sendo alvejado por um policial, o qual consegue impedir que o roubo da moto se concretize. O criminoso ferido fica caído no asfalto até a chegada do socorro.
– Também foi divulgado em redes sociais de que uma autoridade do governo (Maria do Rosário) teceu comentários inoportunos que favoreciam o criminoso. Tal discurso demagógico, com meias verdades foi, veementemente, negado pela Ministra que se diz vítima de mentiras postadas por um blog(2), além de afirmar que, na realidade, o policial estava defendendo a sociedade e agiu corretamente. Também houve comentários de que o bom policial foi punido por ter baleado o assaltante, o qual chegou a apontar a arma para o militar que colocou a sua vida em risco(3).
– De qualquer maneira é bom que se diga que esse caso e as centenas de comentários postados nas redes sociais sobre o assunto acabam por denunciar o real estado de medo constante e o desamparo a que todos nós estamos sendo submetidos pelo Estado maquiavélico, o qual já não consegue conter a onda de violência que se agrava cada vez mais em todo o País, inclusive a corrupção predadora disseminada em toda a estrutura republicana com impunidade explicita dos poderosos a décadas.
– Dentro deste contexto, o que temos é uma sociedade vitimizada,  refém da violência, do consumismo desvairado, com regras e valores aviltados, com ampla permissividade, impunidade e minimização dos mais variados tipos de crimes que ocorrem todos os dias. Tudo isto incentiva ainda mais a criminalidade, pois a sensação de impunidade é grande.
– O sociólogo Émile Durkhein, com brilhantismo, arguiu sobre esse grave desvio social (anomia)(4). O exemplo deveria de vir do ápice da pirâmide social para a sua base, porém o que vemos são vigaristas que corroem o direito e se locupletam com os bens que saqueiam  do erário público, além de vender as riquezas da Nação por preço de banana. Tudo isto acaba por alimentar  a criminalidade, como o do exemplo do criminoso baleado pelo bom policial, além dos barões do crime de colarinho branco, os quais apenas fazem discursos vazios enquanto brindam o butim realizado, esquecendo-se que no momento oportuno também eles serão vítimas do sistema que eles próprio contaminaram, pois nada dura para sempre. Enfim, assim caminha o Brasil!
(4) Waldmann Peter. El Estado anomico. Derecho, seguridad publica y vida cotidiana en America Latina. Iberoamericana. Madrid, 2006

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