Depois do assassinato da juíza Patrícia Acioli, surge mais uma vitória para as Organizações Criminosas S/A. O deputado Marcelo Freixo (PSOL), um dos poucos políticos que se preocupam com a criminalidade e em todas as suas modalidades, aceitou um convite da Anistia Internacional. Está se licenciando da ALERJ e se retirando do País junto com a sua família. Somente no último mês foram sete ameaças de morte. Seu destino será algum país da Europa, o qual não será divulgado motivos de segurança.
Marcelo Freixo presidiu a CPI das Milícias na Assembléia Legislativa do Rio. Houve o indiciamento de 200 pessoas entre policiais e, obviamente, de políticos corruptos. Isso foi o suficiente para que fosse marcado para ser exterminado.
Para piorar a situação, um documento da Coordenadoria de Inteligência da Polícia apontava que Marcelo seria alvo de um atentado, dando inclusive o nome do criminoso que faria o atentado. Um tal de Carlão seria o agente incumbido do serviço.
Outrossim, Segundo Marcelo, ele irá aproveitar a oportunidade e de algum ponto da Europa, com mais segurança, ira divulgar o relatório da CPI.
Por tudo isso, o deputado marcado para morrer, ainda desabafou: “É uma situação de total insegurança e muito grave, porque nada mais fiz do que cumprir a minha função como parlamentar. Então, quem cumpre a sua função pública, ser ameaçado de morte por isso é muito grave. E a gente está falando do principal crime organizado no Rio de Janeiro: a milícia hoje é o mal maior que tem no Rio. Então, evidentemente, precisa ser enfrentado. E é inadmissível que depois de matarem uma juíza, ameacem matar um parlamentar. E quantas outras pessoas mais virão antes de eles serem detidos? É muito importante que se busque deter o poder econômico e territorial desses grupos. Só as prisões não vão resolver”.
Pelo menos, todos aqueles que ainda conseguem se indignar estão indignados com o domínio do crime organizado S/A e a impunidade decorrente, não só no Rio de Janeiro mas também com o aumento desproporcional dos crimes ocorridos em todo o Brasil.
Enfim, e daí? Vai mudar alguma coisa? Não vai mudar nada enquanto não aplicarem remédios extremamente amargos. Quem irá iniciar o tratamento patriótico? A Presidenta Dilma? Aparentemente ela teria condições, mas é refém dos partidos repletos de corruptos. As Forças Armadas seria a solução para a grande limpeza em todas as esferas do poder corrompido pela corrupção? Ainda temos tempo? São perguntas difíceis de serem respondidas, mas algo precisa ser feito antes que o Crime S/A, de origem nacional e internacional, infiltrado em todos os poderes da República, destrua a Democracia e todos os valores nobres que ainda persistem em resistir em meio a todo esse lodaçal.
– A revista Veja continua batendo firme nas denúncias de corrupção. Todas as semanas aparecem denúncias de desvio do dinheiro público e pouco ou nada acontece para a felicidade dos bandidos infiltrados nos partidos da República, ou seja, a farra da bandidagem burguesa de gravata e terno de grife irá continuar enquanto não houver a tão falada mas distante reforma política.
– Em sua capa desta semana a revisa Veja insculpiu que com os 85 bilhões de reais surrupiados pelos corruptos brasileiros no último ano seria possível: 1. ERRADICAR A MISÉRIA; 2. CUSTEAR 17 MILHÕES DE SESSÕES DE QUIMIOTERAPIA; 3. CUSTEAR 34 MILHÕES DE DIÁRIAS DE UTI NOS MELHORES HOSPITAIS; 4. CONSTRUIR 241 QUILOMETROS DE METRÔ; 5. CONSTRUIR 36.000 MIL QUILOMETROS DE RODOVIAS; 6. CONSTRUIR 1,6 MILHÕES DE CASAS; 7. REDUZIR 1,2 PONTOS PORCENTUAL NA TAXA DE JUROS; 8. DAR A CADA BRASILEIRO UM PRÊMIO DE R$ 443 REAIS; 9. CUSTEAR 2 MILHÕES DE BOLSAS DE MESTRADO; 10. COMPRAR 18 MILHÕES DE BOLSAS DE LUXO (IGUAIS ÂQUELAS COM QUE OS CORRUPTOS PRESENTEIAM SUA MULHER E AMANTES).
– Vendo tudo isso, fico a me perguntar: afinal de contas, onde estão os verdadeiros homens e mulheres que cultuam a ética, a moralidade, os bons hábitos e os bons costumes dentro da tão propalada sociedade da era do conhecimento? Acredito que esses homens e mulheres ainda existem, mas muitos parecem um tanto apáticos e, aparentemente, estão totalmente resignados com toda essa corrupção e impunidade.
– A realidade é que temos uma crescente e avassaladora inversão de valores nobres em meio a uma parcela considerável do povo que vem sendo mantido intelectualmente anêmico e economicamente dependente a décadas. Basta ver a reeleição constante de verdadeiros escroques tanto de direita como os de esquerda, principalmente após o fim da ditadura de direita imposta no Brasil e com o aval dos EUA durante a sua vigência.
– Os reflexos desse estado deletério de corrupção se fazem sentir, principalmente na aérea da educação pública ofertada pelos governos repletos de corruptos. É uma das piores do mundo a mais de vinte anos. A segurança é outro setor social em frangalhos, onde a criminalidade é avassaladora e a impunidade é a característica que mais se destaca, principalmente no meio de menores bandidos e das pessoas com mais poder econômico e político, além do mais, o crime organizado internacional aportou nessa República e mesclou-se com muitos políticos e facções criminosas regionais.
– Não pode ficar de fora a Saúde Pública. As pessoas morrem nas filas por falta de atendimento, os salários dos profissionais da saúde é ridículo e, alem do mais, faltam materiais básicos para o atendimento e quando existem, em inúmeros casos, foram superfaturados, de péssima qualidade e sem a devida fiscalização de quem deveria fiscalizar. Em alguns casos espalhados pelo Brasil, o profissional escolhe que vai morrer e quem vai ser atendido. Não é ficção. É a mais pura das realidades.
– Outrossim, poder, conhecimento e dinheiro nas mãos da maioria desses políticos corruptos, cujo interior de suas almas é um deserto sem vida, um vazio de valores sociais por si mesmos, sempre estarão em conflito com as leis do próprio Universo. Eles espalham apenas a depravação dos hábitos salutares, mudanças de costumes nobres e o desrespeito a teia de vida que os sustentam. São devassos por sua própria e pérfida natureza.
– Destarte, vejo que a situação está chegando a tal ponto que vem aumentando cada vez mais o número de pessoas que perderam a capacidade de se indignar com toda essa corrupção de valores e desvios bilionários do erário público. A maioria dessas pessoas acabaram por assimilar uma nova maneira de viver em um meio social tão decadente e, o pior, acabam sempre elegendo ou reelegendo pessoas anêmicas de valores morais e éticos, as quais irão administrar a nossa sociedade e, conseqüentemente, influenciar as nossas próprias vidas e o destino, cada vez mais incerto, dos nossos filhos e netos.
– Por esse caminho, o historiador Ladislau Dowbor realmente está corretíssimo quando afirma que a “Corrupção, a partir de certo nível, exige que todos sejam corruptos. Quem se recusa é alvo de pressões insustentáveis. É um processo de seleção negativo”.
– Enfim, definitivamente, se nada for feito agora, o amanha estará permeado por areias movediças, as quais irão tragar o que resta de esperança para uma sociedade mais justa e perfeita e começara uma luta para a sobrevivência dos mais capazes, pois o Estado do bem estar social terá se transformado em um Estado bandido, se é que já não se transformou, pois a reforma política com ética e moralidade é um sonho cada vez mais distante.
“Um povo corrompido não pode tolerar um governo que não seja corrupto” (Marques de Maricá)
A corrupção continua avassaladora e, em pouco tempo, os criminosos irão até mesmo por limites na liberdade de pensamento, principalmente para aqueles que ainda não viraram “marionettes” do sistema cleptocrata e da corporatocracia.
Denúncias de desvio do erário público destinado à segurança, à saúde e à educação do passado recente deixaram um rastro de impunidade. A sensação de impunidade faz com que esses crimes se alastrem pelos Estados da Federação Brasileira. Em consequência em muitos rincões do nosso País, a anomia já está instalada, bem como há sinais bem visíveis dela em muitos bairros paupérrimos das grandes cidades e até mesmo em bairros de classe média.
Nesse sentido é bom recordar uma manchete publicada no ano de 2006, pelo jornal O Estado de São Paulo, sobre a corrupção endêmica presente nas prefeituras dos municípios dos grotões desse imenso Brasil.
Daquela época para o ano atual, pouca coisa mudou, apenas está cada vez mais visível. Na realidade, a corrupção está cada vez mais fortalecida na República da Impunidade.
Para tanto releia as denúncias divulgadas em 2006, transcritas abaixo, e depois as compare com os fatos e atos da atualidade política do nosso País e do seu município.
FISCALIZAÇÃO: AUDITORIA APONTA CORRUPÇÃO EM 77% DAS PREFEITURAS
Desvio de recursos muitas vezes é feito de forma escancarada, relata a CGU. Relatórios da Controladoria-Geral da União (CGU) traçam um retrato alarmante do País, indicando que a corrupção está enraizada nas estruturas de poder local espalhadas de norte a sul. Os levantamentos da CGU mostram que três em cada quatro prefeituras brasileiras – mais precisamente 77% – estão hoje envolvidas em graves irregularidades, como a recente fraude descoberta pela Polícia Federal na aquisição das ambulâncias. Apenas esse esquema, revelado pela Operação Sanguessuga, atinge um em cada dez municípios fiscalizados.
Nos rincões do País, o desvio de recursos públicos é feito muitas vezes de forma escancarada, aos olhos da população, sem o requinte das quadrilhas que se infiltram na administração federal para corromper agentes públicos e extrair vantagens financeiras. De acordo com os relatórios da CGU – órgão de controle do governo federal responsável por fiscalizar como as verbas federais são aplicadas nos municípios -, foram detectados centenas de casos de licitações manipuladas, de falsificação de notas fiscais e de prefeitos que contratam empresas de parentes para executar serviços para o município.
Na Bahia, por exemplo, os auditores chegaram a descobrir graves problemas em 56 das 59 prefeituras visitadas. São casos como o de Ibipeba, onde a prefeitura simulou a compra de medicamentos na Farmácia Oliveira, de propriedade do cunhado do prefeito Nei Amorim de Sousa (PSDB). Ou de Sebastião Laranjeiras, onde o ex-prefeito Manuel Messias (PP) fez compras de alimentação escolar, sem licitação, na empresa Simone Alcântara L. Magalhães, de propriedade de sua prima.
Em pelo menos quatro municípios na Bahia (Porto Seguro, Taperoá, Cansanção e Mucuri), a CGU teve de recorrer à Polícia Federal para ter acesso aos documentos das prefeituras e garantir a segurança de seus servidores. O Estado é apontado pela CGU como um dos principais focos de corrupção, mas com seus 95% de irregularidade não é o pior na estatística. De acordo com os dados oficiais, há oito Estados em que 100% das prefeituras fiscalizadas apresentaram graves problemas – Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Piauí, Sergipe, Rondônia e Roraima.
No Amazonas, um dos casos mais graves já detectados ocorreu em Boa Vista de Ramos. A oito dias do fim de seu mandato, em 2004, o ex-prefeito Vasco Bento dos Santos Ribeiro (PSC) autorizou um saque de R$ 731,5 mil da conta de um convênio com o Ministério da Saúde. O dinheiro estava destinado à construção de uma estação de tratamento de esgotos, que nem sequer foi iniciada.
No município de Tonantins, também no Amazonas, os auditores descobriram que 13 funcionários da prefeitura e um secretário municipal estavam recebendo, até o ano passado, os benefícios do Bolsa Família, destinado ao combate da fome. Além disso, a prefeitura apresentou R$ 277 mil em notas frias para justificar despesas com recursos dos Ministérios da Saúde e da Educação.
“Esses problemas decorrem de 500 anos de corrupção e de impunidade no Brasil. Jamais houve um enfrentamento sério e profissional da corrupção como o que estamos colocando em prática”, afirma o ministro interino responsável pela CGU, Jorge Hage. Segundo ele, é o trabalho da PF, do Ministério Público e dos órgãos de controle que têm tornado a corrupção mais transparente à opinião pública.
ENCHENTES
Entre todos os municípios fiscalizados, o caso de Pendências, no Rio Grande do Norte, é talvez o que melhor ilustre como governantes e empresários corruptos usam a pobreza dos eleitores para assaltar os cofres públicos. O relatório de irregularidades da prefeitura é um dos mais extensos já preparados pela CGU. Em 2004, por exemplo, a administração municipal obteve R$ 511 mil do Ministério das Cidades para reconstruir 80 casas destruídas pelas chuvas. Realizada a fiscalização, a CGU constatou no ano passado que nenhum dos beneficiados pelas moradias erguidas tinha sido atingido pelas enchentes. Entre os felizardos, havia vários funcionários de chefia na prefeitura e até um vereador.
Outra descoberta dos auditores é que a empresa contratada sem licitação para construir as moradias, a J.L. Construções, está registrada em nome de dois laranjas: um agricultor e um trabalhador braçal. O Ministério Público desconfia que essa e outras empresas tenham sido utilizadas pelo prefeito, Jailton Barros de Freitas (PSB), para desviar recursos públicos.
As investigações já detectaram que o prefeito acumula um patrimônio de R$ 5 milhões em nome de terceiros, como o caseiro de seus pais, João Carlos da Silva, dono formal de 12 lojas em um shopping na capital potiguar. Freitas foi procurado pelo repórter do Estado, mas na prefeitura informaram que ele estava viajando.
Uma prática corriqueira nas prefeituras, segundo os relatórios da CGU, é simular a concorrência nas licitações na modalidade “carta-convite” usando empresas de fachada, que ou não existem ou têm sócios e endereços em comum. Nesse tipo de licitação, os administradores pedem proposta de três empresas diferentes – que nesse caso pertencem ou são controladas pelas mesmas pessoas e, assim, conseguem superfaturar os contratos.
É o caso das prefeituras de Santo Antônio, Lagoa Nova e Santa Cruz. Além de serem todas do Rio Grande do Norte, elas têm algo mais em comum: contratam uma empresa registrada em nome de laranjas, a Juacema Construções, para realizar obras. Uma empregada doméstica e um agricultor são, formalmente, os donos da empresa, mas nunca receberam um só centavo dos R$ 3 milhões em contratos com os municípios. O dinheiro é embolsado pelo procurador, de nome José Oliveira Ferreira.
Exemplos como esse se repetem em vários outros municípios fiscalizados. A situação é mais grave no Norte e Nordeste do Brasil. Em São Paulo, o índice de irregularidade chegou a 58,2%. Só é maior do que no Acre e no Rio Grande do Sul.
Nas cidades mais ricas, desperdício e corrupção Municípios com maior receita são os que mais gastam com vereadores.
Produto de distorções no sistema tributário brasileiro, a abundância de recursos em determinadas cidades está induzindo ao desperdício e, em vários casos, à corrupção. Segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional, 57% das prefeituras mais ricas do País, que se beneficiam da fórmula de repartição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), são também as que mais gastam com salários de vereadores e outras despesas do Legislativo municipal.
É o caso de São Francisco do Conde (BA), que, beneficiado pela presença da Petrobrás, tem a quarta maior receita per capita do País (R$ 6.170,62) e o segundo maior gasto com vereadores (R$ 321,83 por habitante). Além da posição destacada nessa estatística, o município baiano já teve dois prefeitos cassados por irregularidades administrativas nos últimos anos.
Algo semelhante ocorre com o município de Triunfo, que já se tornou um caso folclórico no Rio Grande do Sul. A prefeitura, beneficiada pela presença de um grande pólo petroquímico na cidade, tem a sexta maior receita per capita de ICMS do Brasil e já registrou no passado um índice de 10% da população empregada em cargos públicos.
Dos cem municípios com maior receita per capita no Brasil, apenas dois gastam com sua Câmara menos do que a média brasileira – R$ 36,44 por habitante ao ano. Os demais gastam em média R$ 118,18 per capita. O maior gasto entre todos é verificado em Paulínia (SP), cidade que abriga uma das maiores refinarias da Petrobrás: a prefeitura gasta R$ 338,85 ao ano por habitante com salário e outras despesas dos vereadores.
Não por acaso, Paulínia também é o município com a maior receita disponível por habitante: R$ 9.322,40 em 2004. Essa riqueza é alimentada principalmente pelo ICMS transferido pelo Estado, que corresponde a 76% da arrecadação municipal. É graças a essa receita milionária que o município está enquadrado com folga no limite de gasto da Lei de Responsabilidade Fiscal. O Legislativo local custa 3,6% da receita, quando o teto é de 6%.
Em termos proporcionais a sua população, Paulínia tem uma receita nove vezes maior do que a da capital paulista. Com toda a arrecadação de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Serviços (ISS) e demais tributos, em 2004 a Prefeitura de São Paulo arrecadou R$ 1.192,69 por habitante, e seu gasto com a Câmara Municipal foi de apenas R$ 29,09 per capita ou 2,4% da receita.
A associação entre riqueza e desperdício se repete em vários outros Estados: no Rio de Janeiro, por exemplo, Quissamã se destaca com a segunda maior receita per capita do País (R$ 8.285,46) e a quarta maior despesa no Legislativo (R$ 278,25 por habitante). Novo Santo Antônio, em Mato Grosso, figura em terceiro lugar no ranking da despesa com vereadores (R$ 298,06) e em oitavo no da receita (R$ 4.708,30).
“Nesses casos, a abundância está induzindo o desperdício e gerando injustiças, porque o município rico está gastando mais do que precisa, e o vizinho não está recebendo nada”, avalia o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski.
De acordo com ele, os dados sobre o mau uso da riqueza devem servir de alerta para que o governo federal corrija algumas distorções do sistema tributário. A Constituição prevê que 75% da fatia do ICMS que cabe aos municípios seja repartida entre eles de acordo com o peso econômico de cada um, mesmo quando esse peso é dado pela presença de refinarias de petróleo e hidrelétricas, que pouco têm a ver com uma atividade específica da população local. Na avaliação de Ziulkoski, essa sistemática acaba beneficiando desproporcionalmente alguns pequenos municípios em detrimento de outros.
Sérgio Gobetti – Brasília
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo 28-05-06 página A4
“Corrupção, a partir de certo nível, exige que todos sejam corruptos. Quem se recusa é alvo de pressões insustentáveis. É um processo de seleção negativo.”( Ladislau Dowbor )
– Cada vez mais fica evidente que no Brasil dificilmente alguém da classe mais abastada, ao cometer crimes, terá uma sentença condenatória justa e perfeita.
– Basta apenas ver o desenvolvimento e o resultado das várias ações criminais e das decisões tomadas pelas estâncias judiciárias brasileiras, principalmente quando envolvem os economicamente abastados, políticos e seus “compañeros” para se verificar a magnitude do colapso ético e moral a que estamos sendo submetidos.
– Neste sentido, a revista Veja, em sua edição 2236, desta semana, mais uma vez, chama a atenção dos poucos cidadãos que ainda conseguem ficar indignados, sobre as perigosas sombras que rondam a República da impunidade e sua democracia imperfeita, com a anulação, pelo STJ, em tempo recorde, sem pedido de vistas etc., das provas colhidas pela Polícia Federal, as quais desmascararam, mais uma vez, a “famiglia” do político “incomum” José Sarney. A “famiglia” desse político está envolta em diversos crimes(1) a decádas. Atualmente esse cidadão (se é que podemos chamar de cidadão), chefe do clã Sarney, é senador não pelo seu empobrecido Estado e sim pelos votos da população, intelectualmente anêmica e financeiramente dependente, dos grotões do Estado do Amapá. Na realidade não foi nenhuma surpresa a anulação das provas coletadas pela Polícia Republicana da Operação Boi Barrica pelo STF. O próximo a ser inocentado, provavelmente será o “compañero” José Dirceu, envolvido em inúmeros crimes. Afinal de contas, a Constituição e inúmeras legislações criadas pelo legislativo, acabam favorecendo a corrupção e seus articuladores (fichas sujas). Alguém duvida?
– Outrossim, a revista ainda comenta a impunidade de vários políticos corruptos(2) e entre eles são citados: – 1. Romero Jucá, senador pelo Estado de Roraima. Está envolto em vários crimes eleitorais, desvio de verbas públicas e fraude financeira, tendo vários dos seus crimes, contra o povo brasileiro, já prescritos e, mesmo assim, continua sendo reeleito e atualmente é líder do governo Dilma no Senado; – 2. Jader Barbalho, outro criminoso, envolto em crime de formação de quadrilha e de outras falcatruas, o qual aguarda julgamento com enormes chances de ocorrer a prescrição. Nas últimas eleições, por incrível que pareça, foi eleito, pelo povo do Pará, senador da República; – 3. Paulo Maluf, acusado de desviar verbas públicas para o exterior. Esse criminoso já foi condenado até nos Estados Unidos, mas na Republica da impunidade, não há nem previsão para o seu julgamento. Atualmente tem foro especial por ter sido eleito deputado. Provavelmente seu crime, como outros, irá se prescrever em pouco tempo. – 4. Fernando Collor, ex-presidente, foi deposto por corrupção e o STF o absolveu por falta de provas. Atualmente é senador pelo empobrecido e violento Estado de Alagoas. – 5. Daniel Dantas, banqueiro envolto em crimes contra o sistema financeiro. Chegou a ser condenado a dez anos por corrupção ativa, porém o STJ anulou o processo por irregularidades. Continua impune até hoje e gozando do lucro dos seus crimes em prejuízo daqueles que já pagam os mais altos impostos do planeta, ou seja, o sacrificado e adormecido contribuinte brasileiro, principalmente os mais pobres.
– Na realidade, esses nefastos e cancerosos personagens representam apenas uma pontinha do iceberg, pois existem centenas de outros políticos e apadrinhados, principalmente de “companheiros”, do mesmo quilate dos citados pela revista Veja nas últimas décadas, os quais são eleitos ou reeleitos por um povo anêmico de conhecimentos e programada para continuar elegendo bandidos da pior espécie possível. Todos a serviço dos últimos governos, do atual governo(3) e da companheirada. É duro não ser “compañero”, “compiche”, “acompañante” nesta República de corruptos!
– No mesmo rastro de impunidade, só para complementar, o advogado Sergio Leonardo de Campos Braga(4), sobrinho do senador Jayme Campos e do deputado federal Julio Campos, foi condenado a 12 anos. Teve o seu crime prescrito, na semana passada, pelo assassinato de um pobre eletricista em 1995 por motivo extremamente fútil. Graças a uma série de recursos não ficou um dia preso e, obviamente, ficará impune, afinal de contas, nesta República, os ricos, políticos, ou apadrinhado dos poderosos dificilmente e diferentemente de outros países, com uma justiça mais correta e eficaz, ficarão atrás das grades para o desespero das famílias vitimadas que buscam justiça em País que caminha, paulatinamente, para um estado de anomia.
– Ah! Já ia me esquecendo! O famoso jogador Edmundo, conhecido também como “animal” teve o seu crime prescrito recentemente pelo homicídio culposo de três pessoas e lesões corporais em mais três pessoas, em um acidente de trânsito em 1995. Afinal de contas, teve dezenas de recursos a sua disposição e muito dinheiro para se manter fora das grades. É assim que funciona o sistema!
– Outrossim, para facilitar a vida desses novos e velhos criminosos de gravata de seda e ternos de grife, agora temos a nova lei 12.403/2011, a qual também irá beneficiar milhares de criminosos pobres presos ou não, os quais estarão nas ruas das nossas cidades, em meio a uma população desarmada, dominada pelo medo e com uma segurança e judiciário deficientes mantidos pelos Estados da Federação Brasileira. São fatos, fotos e atos da República da Impunidade desde 1889.
– E assim, a República, que surgiu por meio de um golpe militar em 1889(5), vai dando guarida e proteção a terroristas internacionais, a banqueiros(6) corruptos (o Brasil sempre foi uma colônia de banqueiros), a políticos corruptos e aos detentores de grandes fortunas, pouco importando as origens dessas fortunas. Um show de maravilha para a bandidagem de colarinho branco.
– Além do mais, pelo visto, o próprio judiciário da República da Impunidade está infectado(7) e no dizer da honorável e altamente eficaz corregedora nacional de justiça, ministra Eliana Calmon, em 2010, em uma entrevista para a revista Veja(8): o “Judiciário está contaminado pela politicagem miúda, o que faz com que juízes produzam decisões sob medida para atender aos interesses dos políticos, que, por sua vez, são os patrocinadores das indicações dos ministros”. Mais recentemente, em 2011, em uma entrevista para a Associação Paulista de Jornais(9): “É o primeiro caminho para impunidade da magistratura, com problemas de infiltração de bandidos atrás da toga”.
– Enfim, por tudo isto e por muito mais, a saída é a sociedade, pelo menos aqueles que ainda não foram programados pelos criminosos que ai estão, organizar-se e unir-se contra a corrupção, adquirir mais conhecimentos da verdadeira historia do Brasil e não das meias verdades escritas nos livros escolares e outras mentiras propagadas pelos sucessivos governos corruptos, submissos ao capital estrangeiro e a persistência do ranço do coronelismo na política brasileira. Somente com uma sociedade organizada, esclarecida e em luta contra a corrupção infiltrada, perigosamente, nos três poderes da República é que se conseguirá resguardar os verdadeiros interesses republicanos e democráticos e não dessa grande farsa montada nas últimas décadas, tanto pela esquerda como pela direita desde 1889.
(1) “Honoráveis Bandidos” de Palmério Dória.
(2) Revista Veja, ed. 2236, p. 68 a 72.
(3) O atual governo é refém dos partidos políticos. Somente com uma reforma política decente feita pelos “fichas limpas” é que se poderia mudar esse quadro, mas isso é apenas uma utopia.
(5) Para se conhecer um pouco das ações da República brasileira é interessante ler a obra “A Ilusão Americana”, de Eduardo Prado, cuja primeira edição foi confiscada e suprimida por ordem do governo brasileiro, em 1893. A obra denunciava os vícios do sistema, os quais assumiram proporções gigantescas na era do imperialismo em que vivemos. Pode ser feito o download em www.ebooksbrasil.org/adobeebook/ilusao.pdf.
“Há duas histórias: a história oficial, embusteira, que é ensinada ad usum delphini, e a história secreta, na qual se encontram as verdadeiras causas dos acontecimentos: uma história vergonhosa”. Honoré de Balzac
– Tenho visto pela mídia uma mega propaganda sobre os dez anos da destruição das Torres Gêmeas, em 11/09/2001, na cidade de Nova York, mexendo com as nossas emoções e asfixiando, muitas vezes, a voz da razão, pois, nesses últimos dez anos, inúmeros fatos novos e comprometedores contaminaram a versão oficial.
– Nesse sentido, hoje, basta olhar nas bordas desse ato terrorista para vermos outras verdades, as quais, em um primeiro momento, não apareceram. Foram ofuscadas pelo ódio e pela emoção.
– Essas verdades, felizmente, foram divulgadas por pessoas que não comungaram com a política predadora das velhas ordens mundiais e tampouco com a Nova Ordem Mundial. Suas descobertas desmascararam e desmascaram os verdadeiros interesses econômicos, políticos e ideológicos que se esconderam nesse trágico evento, bem como a versão oficial dada pelo governo Bush.
– Esse atentado terrorista dentro de um País, o qual também se utiliza de atos terroristas, de mentiras, de traições, de imoralidade e de falta de ética, proporcionou mudanças radicais na política, na economia e nas medidas para o controle da população no mundo inteiro e da sua própria população. Entre essas mudanças, temos a invasão do Iraque em meio a um mar de mentiras divulgadas pelas autoridades dos EUA com o intuito de justificar a guerra. Na realidade isso faz parte de objetivos bem maiores que, oportunamente, foram colocados em prática após a destruição das Torres Gêmeas.
– Outrossim, hoje, inúmeros dados científicos e dúvidas não saneadas estão a comprometer a versão oficial e, no entanto, o povo em geral, por falta de conhecimentos e de criticidade, continua aceitando uma versão oficial repleta de dúvidas. Não vêem, ou não querem ver, que a probabilidade das Torres Gêmeas terem sido implodidas é bastante considerável. Vários fatos comprometedores levam para essa conclusão.
– Destarte, não se pode esquecer o mais importante de tudo : que milhares de pessoas inocentes pagaram com as suas vidas. Na implosão das Torres Gêmeas, algo em torno de 3.000 mortes. No rastro desse atentado e outros interesses duvidosos, veio a guerra do Iraque, a qual deixou algo em torno de 100.000 iraquianos mortos (maioria inocentes) e aproximadamente 4.500 jovens soldados americanos mortos. Uma carnificina em nome de Deus, onde nem mesmo as crianças iraquianas foram poupadas por serem consideradas inimigas dos EUA.
– E por fim, não vou enumerar os fatos comprometedores da versão oficial, mas para aquele que se interessar pelo conhecimento poderá fazer a leitura de diversos livros de autores pactuados com a verdade e entre eles temos: “Hitler Venceu a Guerra”, de Walter Graziano; “11 de setembro”, de Noam Chomski; “Poder e Terrorismo”, de Noam Chomski; “Guerra e Globalização – Antes e depois de 11 de setembro de 2001”, de Michel Chossudovski; “Contendo a Democracia”, de Noam Chomski; “Confissões de um Assassino Econômico”, de John Perkins e muitos dos milhares de documentos e denuncias vazadas no WikiLeaks, para o assombro dos tiranos maquiavélicos da Nova Ordem Mundial.
– Veja também o documentário norte americano Zeitgeist – Official Release; Zeitgeist – Addendum; Zeitgeist – Moving Forward, os quais desmascaram falsos paradigmas e tentam apontar um novo caminho para a continuidade da odisséia humana neste planeta, sem os ímpetos destrutivos da Nova Ordem Mundial e do seu modelo (anti)econômico. Após as leituras e pesquisas formule a sua necessária conclusão, baseada sempre na voz razão.
– No entanto, é importante que “Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.”Buda.
– Para finalizar, deixo a seguir quatro vídeos que estão no You Tube sobre o assunto. Aproveitem, pois os vídeos poderão ser retirados da Internet a qualquer momento.
– Somos testemunhas oculares de uma criminalidade cada vez mais crescente e banalizada na sociedade brasileira e, principalmente, a banalização da filha mais ilustre do crime, a corrupção. Esta está consorciada com uma impunidade nunca vista nesta República, desde o seu surgimento, por meio de um golpe, em 1889(1).
– O problema da criminalidade é muito mais amplo do que se pensa e vem se agigantando cada vez mais desde o fim da revolução democrática de 1964 (ditadura de direita), a qual, infelizmente, também tinha altos índices de corrupão(2). Obviamente, como de praxe, os generais perderam a chance de estancar o crescimento dos corruptos e, em geral, todos ficaram impunes. Ah sim, ia me esquecendo, os corruptos tiveram um fantástico crescimento patrimonial. Como sempre, para eles o crime compensou e muito!
– Nesse sentido, hipocritamente, os fatores exógenos e endógenos da criminalidade em geral não são levados a sério e as autoridades, hipócritas como sempre, se contentam em tratar as conseqüências da criminalidade apenas com medidas paliativas (aumento do efetivo policial, desarmamento do povo, leis dúbias etc.).
– Outrossim, hoje, infelizmente, temos ex-militantes de antigas facções esquerdistas que combatiam a ditadura(3), bem como dos oportunistas que defendiam o governo militar, muitos dos quais, diga-se de passagem, também envolvidos em crimes de corrupção. Hoje, a grande parte da esquerda e da direita estão unidos e conduzem a Nação brasileira em uma verdadeira festança de influências, poder, enriquecimento por meio do erário público, de propinas e polpudas mesadas para os corruptos aliados.
– Por esse caminho tortuoso e ignóbil, no aqui e agora, as raízes da criminalidade já se fortaleceram e contaminaram o Executivo, o Legislativo e o Judiciário (com a sua eterna lentidãoe(4), venda de sentenças, formação de quadrilhas etc.) e, de certa maneira, contaminaram parcela bem considerável de brasileiros, pelo pérfido exemplo dado. Brasileiros que já vivem plenamente a antiga “Lei de Gerson”(5). Chegamos a tal ponto de descalabro que um cidadão honesto pode virar manchete na mídia por causa da sua honestidade, a qual deveria de ser uma virtude nobre e igual para todos os cidadãos.
– Destarte, a apatia do povo em relação a esses assuntos pode ser explicada por vários fatores sociais históricos e pela idéia atual de que, momentaneamente, as coisas melhoraram com a oferta de crédito abundante na praça, o qual, hoje, permite que se compre um liquidificador em 24 prestações, carros em 60 prestações, alimentos em várias prestações, muito lixo importado da China etc. Hoje, muitos desse povo, amortecido e manipulado sutilmente, até mesmo por programas subliminares, chegam a fazer marchas para a liberação da maconha, marchas gays e outras trivialidades. Outros passam o ano inteiro mais preocupados com a super taça do futebol, em se endividar e consumir além das suas reais necessidades, com o carnaval, com as novelas manipuladoras das emoções da mídia televisiva, em consumir muita cachaça etc. Esse mesmo povo, deveria de romper com o senso comum imposto e realizar marchas gigantescas em todas as capitais contra os bilhões de reais escoados pelo ralo da corrupção; marcha contra o consumo desenfreado de tabaco e àlcool(6); marcha pela reforma política dos partidos oportunistas e corruptos; marcha para proibir a mega mercantilizarão da fé; marcha contra a manipulação e exploração da credulidade popular; marcha contra o péssimo ensino público ministrado a mais de trinta anos; marcha contra o atendimento precário da saúde pública, recheado de óbitos por negligência, incompetência e imperícia; marcha contra o genocídio e impunidade no trânsito; marcha contra o tráfico de órgãos humanos(7); marcha contra a ineficiência e impunidade do Sistema Criminal brasileiro, principalmente da impunidade dos políticos corruptos; marcha pela recuperação da família, a qual já não consegue mais controlar seus filhos, os quais muitos são despossuídos de valores básicos éticos, morais e sociais, recheados a álcool, crak e oxi, drogas que os transformam em vorazes monstros, zumbis predadores; marcha contra a discriminação racial e econômica que fazem, pois basta olhar quem são, verdadeiramente, os quase 500 mil presos trancafiados dentro de penitenciárias medievais, verdadeiras escolas para o aperfeiçoamento dos crimes, com direito a pós-graduação. É bom que se diga, que esses presos analfabetos ou analfabetos funcionais, em sua grande maioria, são oriundos dos três “P”: pretos pobres, pardos pobres e prostitutas pobres. Apenas coincidência? O pior é que uma grande parte, quando terminam as suas penas, acabam voltando para o crime e com mais violência e ódio contra a sociedade. É uma verdadeira guerra civil não declarada pelo Estado contra essa população deserdada e excluída.
– Além disso, em tempos de Democracia imperfeita, revistas semanais e livros denunciam velhas e perigosas raposas politiqueiras, tanto de esquerda como de direita, as quais, paulatinamente, são reeleitas ou, se caso não, acabam ganhando excelentes posições estratégicas dentro dos escalões ministeriais do Executivo e em empresas públicas. Para muitos deles, o objetivo é manter o poder e o tráfico de influências, espoliarem o erário público e enriquecer em total impunidade, pois o binômio custo/benefício da atual legislação penal e política os favorecem. Não podemos de nos esquecer que muitos deles são os que fazem a legislação penal, na maioria das vezes, sem valorizar os verdadeiros anseios do povo, preocupados mais em favorecer os lobbies de corporações poderosas nacionais e internacionais e, obviamente, os seus próprios bolsos.
– Tudo isso gera, em inúmeros casos, a impunidade total, desde que não caia na mídia. Algumas vezes, com o foco da mídia em cima de certos crimes, acaba ocorrendo algum tipo de punição: a distribuição de algumas cestinhas básicas de alimentos para uma comunidade miserável qualquer, ou ainda, a aplicação de alguma medida cautelar de difícil fiscalização pelo judiciário e com direito a fuga para outro país sem tratado de extradição com o Brasil. Caso seja cumprida alguma sentença em regime fechado, não há que se preocupar, basta virar religioso e cumprir 1/6 da pena para se ganhar as ruas novamente.
– Nesse sentido, o pretexto mais utilizados para a defesa desses criminosos, principalmente os de gravatas de seda e ternos de grifes famosas, é a “presunção da inocência”. Mesmo com provas contundentes, os criminosos mais influentes e ricos acabam sofrendo uma punição branda ou nenhuma. Esses criminosos levam infinitas vantagens. Vejam o notório caso Pimenta Neves, a impunidade dos políticos corruptos das últimas décadas(8), de empresários e banqueiros criminosos etc. Eles têm acesso a dezenas de recursos (“industria de recursos”) que irão postergar ou até mesmo levar a prescrição centenas de ações judiciais de notórios meliantes, muitos até endeusados pelo povo marionetado.
– Temos o lenitivo? Teríamos que romper com a programação de apatia, alienação educacional e quebra de valores morais que nos impuseram desde a infância, principalmente nas últimas décadas, enquanto ainda há tempo, pois aos poucos estamos nos encaminhando para um estado de anomia(9) e a partir desse ponto tudo pode acontecer, inclusive afetar a própria democracia, a qual já está se transmutando para uma cleptocracia descarada. Basta saber que em 2008, de acordo com a Procuradoria da União (PGU), 77% das prefeituras brasileiras estavam envolvidas em irregularidades com o dinheiro público(10). Somente no Estado da Bahia mais de 95% das prefeituras estavam envolvidas em falcatruas. Um show de festa para as elites corruptas.
– Desta maneira, em todos esses municípios, a sensação de impunidade é grande e a análise do binômio custo/benefício, pendendo, favoravelmente, para os criminosos já se refletem em todas as classes sociais, as quais estão apáticas frente a corrupção quase que institucionalizada na República Tupiniquim.
– Por outro lado, sei que os criminosos mais comuns (latrocidas, traficantes, estelionatários etc.), oriundos das classes sociais mais enobrecidas ou paupérrimas, não são os verdadeiros inimigos da família. Sei muito bem onde estão os verdadeiros inimigos, os quais são os únicos responsáveis pelo recrudescimento criminógeno da sociedade e a desvalorização da vida. Sugiro que vejam o filme Tropa de Elite II para que se tenha uma pálida idéia da triste realidade que assombra a República, pois o que é mostrado no filme não bem uma simples ficção. É apenas a pontinha do iceberg de uma realidade ciminosa, infelizmente, já banalizada pelo povo.
– Uma coisa é certa: nós últimos quarenta anos a situação de impunidade só piorou. Hoje as organizações criminosas internacionais(11) e nacionais (PCC, PV, Máfia dos Milicianos, Máfia Chinesa, Máfia do Narcotráfico, Máfia do Mensalão, Máfia do Tráfico de Influências, Máfia de Partidos políticos(12) que protegem policiais civis corruptos etc.), estão a dominar vários setores da sociedade civil e muitos até usam fardas, ternos com fios de ouro e gravatas de grife, em um verdadeiro escárnio para com os bons cidadãos, dos quais a maioria permanecem apáticos e como simples “marionettes”. Diga-se de passagem, todos esses cidadãos pagam para o Estado os mais altos impostos do planeta e boa parte desses tributos, taxas etc. se perdem pelos corredores da corrupção, da desonestidade, do individualismo, do egoísmo, da traição e da falsidade espalhadas por todo o território nacional. E vêm mais impostos por ai! Estão prometendo que a arrecadação irá toda para a saúde. Dá para acreditar? É uma festa nas florestas de pedras das cidades perdidas para o crime!
– Temos que romper definitivamente com esse estado deletério, enquanto ainda há tempo. Esses cânceres destroem o País, os seus preciosos recursos naturais, o seu próprio povo e a própria República. Também irá destruir as expectativas de uma vida melhor para os nossos filhos e netos em poucas décadas, bem como, já enseja a destruição das verdadeiras virtudes para a construção de uma pirâmide social mais justa e perfeita.
– É bom frisar, que para a construção dessa pirâmide seria necessário republicanizar a República, pois o sistema político atual, pelo que se divulga na mídia independente televisiva e escrita, caiu nas mãos de poderosos e influentes criminosos, os quais têm a República em suas mãos sujas, com reflexos acentuados nos Estados federados, municípios e em toda a população acuada pelo crime e pelo medo. Na realidade essa República já deu o que tinha que dar! Não estaria na hora das grandes mudanças?
– Por fim concito aos que ainda não foram transformados em fantoches, aos que se interessarem pelo assunto em pauta, pelo nacionalismo, pela cidadania, pela Nação, pela família, pelos filhos e netos, para que se aprofundem na pesquisa, olhando (sempre com a razão e nunca com a emoção) nas bordas dos acontecimentos políticos e históricos, tanto do passado como dos atuais e nas leis recentemente promulgadas, como, por exemplo, a Lei 12.403/2011, a qual irá favorecer, principalmente, os corruptos. É nesses tópicos que muitas verdades estão sendo ocultadas propositadamente. Neste sentido, peço que leiam a entrevista do insigne Dr. Marcelo Cunha dada para a Revista Art. 5. da Polícia Federal: “Só é Preso Quem Quer – Crua Realidade”, transcrita para o seu blog e a divulguem para um maior número de pessoas possíveis, bem como a de ler e divulgar o seu livro “Só é Preso Quem Quer”, para que possam conhecer um pouco mais sobre a impunidade e a ineficiência do sistema criminal brasileiro e a festa da bandidagem na República da impunidade.
[1] Sem a participação do povo e sim das elites rurais e militares.
[2] O ex-ministro da economia, do período ditatorial, Delfin Neto, esteve envolvido com corrupção e chegou a ser preso em Paris por participar de um bacanal homossexual (Jornal Nosso Tempo de 28/09/84, nº 138, p. 8 – http://www.nossotempodigital.com.br/capas/?ano_publicacao=1984). Houve o recrudescimento da corrupção no País a partir de 1964, passando a ser ascendente (Habib, Sérgio. Brasil quinhentos anos de corrupção. Fabris: Porto Alegre, 1984. p. 50).
[3]Na realidade combatiam uma ditadura de direita apoiada pelo EUA para implantar outra ditadura de esquerda nos moldes de Cuba e da ex URSS.
[4] Justiça que demora não é justiça: “O presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, informou hoje, sem disfarces ou metáforas, que nada menos que 70% dos 84,3 milhões de processos que tramitavam na Justiça Federal no ano passado não foram solucionados — ou seja, quase 60 milhões de ações não chegaram a um final em 2010”. (Coluna do Ricardo Setti – Veja)
[5]Na cultura brasileira Lei de Gérson é um princípio em que determinada pessoa age de forma a obter vantagem em tudo que faz, no sentido negativo de se aproveitar de todas as situações em benefício próprio, sem se importar com questões éticas ou morais. A “Lei de Gérson” acabou sendo usada para exprimir traços bastante característicos e pouco lisonjeiros do caráter midiático nacional, associados à disseminação da corrupção ao desrespeito a regras de convívio para a obtenção de vantagens pessoais. (Wikipedia)
[6] “As mortes atribuíveis ao consumo de tabaco são estimadas em mais de 300.000 por ano, enquanto o uso de álcool acrescenta de 50.000 a 200.000 mortes anuais adicionais. Entre a faixa etária de quinze a vinte e quatro anos, o álcool é a maior causa de morte, também servindo como uma droga-degrau que leva ao uso de outras, (…) mais de 99 por cento das mortes por abuso de substância são atribuíveis a tabaco e álcool”. (Controle da População, no livro “Contendo a Democracia” (2003), de Noam Chomsky).
[7]Veja o caso de Paulinho Pavesi, assassinado pela máfia de tráfico de órgãos, cujo pai conseguiu proteção do governo italiano através de asilo humanitário, bem como o documentário premiado H.O.T. – Human Organ Traffic : http://ppavesi.blogspot.com/
[8] Vejam o caso da deputada corrupta Jaqueleni Roriz, a qual foi filmada recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM e absolvida em 30/08/2011 por 265 votos favoráveis ao seu mandato e 166 pela cassação. Para esses 265 deputados, tal ato não tem relevância no País da impunidade, o qual, tendo em vista o quadro de impunidade, já possui um sistema cleptocrata firmemente instalado em suas bases.
[9] Waldmann, Peter. El Estado Anómico – Derecho, seguridad pública y vida cotidiana em América Latina.Madrid: Iberoamericana, 2006.
“A maioria dos políticos brasileiros enriquece, sem que para isso tenha herdado fortuna, ganho na loteria ou feito uma carreira profissional brilhante em alguma área produtiva” (Revista Veja, pg. 87, edição 2230 de 27/08/2011).
– Revendo um antigo livro, dos tempos da faculdade, do ilustre professor Darcy Azambuja, me deparei com um enxerto do escritor Miguel Elias Reclus que, de maneira realista, pitoresca e sarcástica, bem denotou como nascem o Direito e o Estado, sendo que este último sempre esteve consorciado com a violência, egoísmo e a escravidão, o que para mim é inquestionável até prova em contrario e muito bem fundamentada para que possa ser aceita.
– Outrossim, mesmo nos tempos atuais a violência, a escravidão, a exploração econômica e o egoísmo evoluíram, utilizando-se de mecanismos bem mais sutis do que outrora para as conquistas de um povo e das suas riquezas, principalmente através da corrupção, mola mestra para muitas corporações (corporatocracia e cleptocracia), além, é obvio, do crime organizado, o qual está cada vez mais fortalecido pela globalização.
– Para tanto, transcrevo o mordaz e irônico texto do ilustre Reclus:
“- Um atrevido, homem de idéias e de punhos, descobre um rochedo que domina um desfiladeiro entre dois vales férteis; aí se instala e se fortifica. Assalta os transeuntes, assassinando alguns e roubando o maior número. Possui a força; tem, portanto, o Direito.
– Os viajantes, temendo a rapinagem, ficam em casa ou fazem uma volta. O bandido então reflete que morrerá de fome, se não fizer um pacto. Proclama que os viandantes lhe reconheçam o direito sobre a estrada pública e lhe paguem pedágio, podendo depois passar em paz. O pacto é concluído e o astuto enriquece. Eis que um segundo herói, achando bom o negócio, esgarrancha-se no rochedo fronteiriço. Ele também mata e saqueia, estabelece “seus direitos”. Diminui assim as rendas do colega, que franze o cenho e resmunga na sua furna, mas considera que o recém-vindo tem fortes punhos. Resigna-se ao que não poderia impedir; entra em combinação. Os viageiros pagavam um, terão agora que pagar dois: todos precisam viver!
– Aparece um terceiro salteador, que se instala numa curva da estrada. Os dois veteranos compreendem que abrirão falência se forem pedir três soldos aos passantes, que, só tendo dois para dar, ficarão em casa, em vez de arriscar suas pessoas e bens. Arremessam-se sobre o intruso, que desancado e machucado, foge campo a fora. Depois, reclamam dos viajores dois vinténs suplementares, em remuneração pelo trabalho de expulsar o espoliador e pelo cuidado em não deixar que ele volte. Os dois peraltas, mais ricos e poderosos do que antes, intitulam-se agora “Senhores dos Desfiladeiros”, “Protetores das Estradas Nacionais”, “Defensores da Indústria”, “País da Agricultura”, títulos que o povo ingênuo repete com prazer, pois agrada-lhe ser onerado sob o pretexto de ser protegido. Assim – admirai o engenho humano! – o banditismo se regulariza, se desenvolve e se transforma em ordem pública. A instituição do roubo, que não é o que o vulgo pensa, fez nascer à polícia.
– A autoridade política, que ainda nos diziam ser emanação do Direito Divino e benefício da Providência, constitui-se a pouco e pouco pelos cuidados de salteadores patenteados, pelos esforços sistemáticos de malandrins, homens de experiência […]” (Reclus – Les Primitifs, citado por E. Picard – Lei Droit Pur, pág. 288). (AZAMBUJA, DARCY. Teoria Geral do Estado. São Paulo: Globo, 1988, p. 103-104).
Recebi de um amigo, por e.mail, o excelente artigo “Nau sem Rumo”, o qual foi produzido pelo nobre Prof. Marcos Coimbra. O artigo é um desabafo e muito esclarecedor do momento histórico que estamos vivenciando
O texto retrata a preocupação com os desvios éticos e morais daqueles que governam a nossa Nação, em nome do povo; preocupação com a impunidade gritante dos corruptos instalados nos três poderes da República; preocupação com a impunidade avassaladora de inúmeros políticos conhecidíssimos pelas denúncias sistemáticas semanais feita pela imprensa e pelas operações investigativas da Polícia Federal; preocupação com o entreguismo das riquezas do País pelas mãos dos maus brasileiros, os quais, na realidade, sempre serviram as hostes dos seus interesses pessoais e internacionais.
Por esta vertente é bom que se diga, que no atual momento histórico que estamos vivenciando, a cleptocracia está mais sólida do que nunca e seus representantes estão sendo, honestamente, servis as grandes corporações capitalistas (corporatocracia), cuja base principal sempre será a corrupção para manter, obviamente, os cleptocratas na linha.
Por essa via, realmente perdemos o rumo da nau e quem irá traçar o futuro poderá não ser os brasileiros, assegurando assim o verdadeiro papel submisso do Brasil, no contexto do século XXI, passando a ocupar o seu devido lugar dentro da desviada Nova Ordem Mundial capitalista de um planeta finito e com bens ainda mais finitos.
Assim sendo, estamos perdendo a oportunidade de sermos uma potencia forte, justa e perfeita, para continuarmos sendo uma espécie de colônia das grandes corporações mundiais do século XXI.
Outrossim, o sistema permite que criminosos sejam eleitos ou reeleitos ou, caso não reeleitos, passem a ocupar cargos estratégicos; permite que se faça o loteamento dos cargos do governo, em uma gigantesca farra de roubalheira do erário público e impunidade; permite que vícios deletérios sejam transmutados em algo normal e até mesmo endeusados perante as famílias em franco processo de desintegração moral e ética; permite que seja tolhida a capacidade do povo de se indignar com a corrupção endêmica, a qual é destruidora dos princípios nobres da construção da verdadeira pirâmide social perfeita.
Mas e a força do povo? Nada pode fazer. Está mal preparado, com um péssimo sistema educacional público, com suas virtudes corroídas por um sistema programador midiático e ideológico perverso, o qual está sob o controle de muitos cleptocratas e, além do mais, está acuado pelo crescimento desproporcional da criminalidade e impunidade da maioria dos criminosos em todo o Brasil. Afinal de contas, o exemplo vem dos próprios políticos e todos sabem que no Brasil “só vai preso quem quiser”, basta ter dinheiro, não importando a sua origem.
Enfim, o Professor Marcos tem total razão em questionar a condução e aplicação da atual política no Brasil, a qual a grande maioria dos brasileiros não conhece, pois já estão programados pelo atual sistema espoliador e dominador, desde a tenra idade, por mídias a serviço de um sistema ideológico consumerista exacerbante e predador de virtudes.
Enfim, vamos ao artigo transcrito abaixo edepois tirem as suas próprias e devidas conclusões, enquanto ainda temos liberdade de pensamento e a capacidade de se indignar, infelizmente para poucos.
NAU SEM RUMO
Prof. Marcos Coimbra
Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e da Academia Nacional de Economia e Autor do livro Brasil Soberano.
É com tristeza e preocupação que presenciamos a trajetória atual do nosso Brasil. A Nação do futuro sofre problemas atrozes, capazes de levá-la a um desastre nunca imaginado nos piores cenários traçados pelos especialistas do ramo.
Se não, vejamos. Há quarenta anos nosso país encontrava-se em situação muito melhor do que a China, atual segunda economia mundial, caminhando para ser a primeira em 2030. Eles possuem um sistema econômico pujante, que poupa e investe cerca de 50% do seu PIB. Lá os corruptos são punidos com um tiro na nuca e a família do meliante ainda deve pagar o custo da bala. Possuem o domínio da tecnologia nuclear e espacial, tendo artefatos nucleares em condições de ser empregado na defesa de seus interesses. Seu planejamento estratégico abrange gerações.
E nós, ficamos para trás. Os fatos são avassaladores. De início, não possuímos um Plano Nacional de Desenvolvimento. Ora, para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve. E quem não traça seu destino o terá traçado por outro. A corrupção atingiu um caráter endêmico, abrangendo os três Poderes, em especial o Executivo em seus três níveis.
Existe já a expectativa de qual será o escândalo da semana, pois a série é interminável. A cada momento, surge um mais escabroso do que os outros. E o pior é a garantia da impunidade. Os delitos são cometidos, a imprensa apura, denuncia, exercendo o papel que deveria caber aos órgãos de controle das respectivas administrações, mas ninguém é punido de fato. O máximo que ocorre é sair, a pedido, do atual cargo para, no futuro, ocupar outra posição ou comandar o processo de indicação do substituto.
Consideramos como principais crimes cometidos pelos atuais detentores do poder político no Brasil a abertura para a perda da Integridade do Patrimônio Nacional e o abandono da educação da nossa juventude.
O crime de lesa-pátria cometido pelas sucessivas administrações federais e demais “autoridades” no processo de demarcação de áreas indígenas e do reconhecimento do direito de propriedade de “quilombolas” é imperdoável. Seus autores terão seus nomes inscritos na galeria de traidores da Pátria, ao lado de Joaquim Silvério dos Reis e outros. A rede Bandeirantes mostrou, na semana passada, em várias reportagens as barbaridades cometidas contra o país e cidadãos brasileiros, bem como suas trágicas consequências, no relativo à demarcação da reserva Raposa/Serra do Sol. E o mesmo está em vias de acontecer no Mato Grosso do Sul.
De início, o modo cruel e violento, digno das piores ditaduras, com que uma verdadeira “gestapo” invadiu propriedades privadas, sem ordem judicial, para expulsar seus legítimos proprietários, há décadas, jogando-os na miséria. E tudo isto para cumprir orientação oriunda de pressões externas de países e ONGs interessadas nas riquezas lá existentes.
Para culminar, a falta de visão dos irresponsáveis que perpetraram tal crime, ignorando o que aconteceu e está acontecendo no mundo (esquartejamento da Iugoslávia, ocupação do Iraque, Afeganistão, agressão à Líbia etc.).A questão “quilombola”, inventada de fora para dentro representa igual risco para a Soberania Nacional. Criaram as condições, por omissão, covardia, cumplicidade, leniência ou razão pior, para a balcanização do território brasileiro, com perda de nossas principais riquezas.
Outro desatino grave refere-se ao desprezo como é tratada nossa juventude, em especial no tocante ao processo educacional. Os pais, cada vez mais exigidos pelo consumismo criado artificialmente, passaram a não ter condições reais de educar seus filhos, transferindo a responsabilidade para as escolas. Ora, a função delas é ensinar e complementar a educação que as crianças deveriam receber no Lar. Não a de substituí-lo. Neste danoso processo, o futuro de nosso país, representado pela juventude, está seriamente comprometido.
Qual a família responsável que não está seriamente preocupada com a integridade física, moral e intelectual de seus descendentes? Os meios de comunicação, ao invés de atuar positivamente, deseducam, transmitindo programação de baixo nível, com inteira subversão dos valores e princípios morais e éticos do povo brasileiro. O homossexualismo é glorificado e a descriminalização das drogas pregada até por ex-presidentes da República.
Querem atingir quais objetivos com a propagação destas anomalias? Qual o pai que deseja ver seus filhos atingidos pelas drogas ou por outros vícios terríveis? O que o MEC pretende pagando edições de milhares de livros, onde a língua portuguesa é agredida e a matemática subvertida, bem como tentando patrocinar a divulgação de “kit gay”? Por que não investir estes recursos na melhoria da qualidade do precário ensino público oferecido aos nossos jovens? Afinal, não adianta ser a sétima ou sexta economia do mundo sem a existência de um povo capaz de usufruir os benefícios desta situação. Serão servos dos “donos do mundo”, meros extratores de matérias primas, eternamente dependentes, sem condições de autonomia e auto-suficiência. O desastre é total. Até nos esportes, passamos a perder todas, ao contrário do passado quando ganhávamos quase todas.
Nós últimos anos a população brasileira acompanhou o imbróglio da gigantesca reserva indígena Serra Raposa do Sol, no Estado de Roraima(1).
Todos sabem que essa região é uma das mais ricas em minerais do planeta Terra (tantalita, urânio, niobio, diatomito, torio etc.) e atrai a cobiça daqueles que sempre exploraram os povos mais indefesos, inclusive levando ao extermino ou escravizando milhares de autóctones nos últimos quinhentos anos na África, América do Norte, América do Sul, América Central etc.
Particularmente acho muito necessário que ocorresse a demarcação para a preservação dessa região da ganância de muitos maus brasileiros, da cleptocracia(2) que, paulatinamente, está se instalando e de ONGs estrangeiras, muitas com interesses duvidosos sustentadas pelo G8(3). Que uma demarcação correta em forma de ilhas pudesse proporcionar, aos autóctones, um real desenvolvimento educacional de boa qualidade da realidade atual e histórica para a preservação cultural e de conhecimentos milenares que podem se perder para sempre. Que pudesse proporcionar a auto-sustentabilidades, em harmonia total com os não índios da região, principalmente com os mestiços de familias seculares do local.
Porém, da maneira como foi feita a demarcação, em forma contínua, deixa bem transparente a pressão internacional e a leniência de muitas autoridades da República brasileira para com os verdadeiros interesses alienígenas dessa riquíssima região, a qual ainda é brasileira.
Hoje os resultados dessa demarcação são bem visíveis, principalmente para quem vive em Boa Vista. Houve o surgimento de novas favelas em torno da cidade, as quais foram criadas por aqueles que foram expulsos pelo governo brasileiro da Serra Raposa do Sol. Muitas dessas pessoas possuiam documentos oficiais de posse a mais de cem anos e acabaram tendo os seus direitos de propriedade suprimidos por não serem índios. Famílias, cujo um dos conjuges é indigena, também foram expulsas. O pior é que se observa o surgimento de um verdadeiro apartheid nessa região com consequências imprevisíveis.
Para piorar, centenas de índigenas estão abandonando a região Serra Raposa do Sol por já não terem mais estradas, trabalho, saúde, educação e migram para Boa Vista, aumentando ainda mais a favelização nos arredores da cidade. Alguns indígenas que mal falam a língua portuguesa vivem dos restos dos dejetos recolhidos na cidade, os quais são depositados nos grandes lixões. Uma tragédia previamente anunciada.
São cenas extremamente tristes e decadentes, pois a demarcação pouco ajudou na melhoria de vida desses brasileiros marginalizados, incluindo os não índios expulsos. Essas cenas deveriam de servir para uma profunda reflexão por parte das autoridades dos três poderes da República brasileira enquanto ainda há tempo.
(2) A palavra Cleptocracia, de origem grega, significa literalmente “Estado governado por ladrões”. A cleptocracia ocorre quando uma nação deixa de ser governada por um Estado de Direito imparcial e passa a ser governada pelo poder discricionário de pessoas que tomaram o poder político nos diversos níveis e que conseguem transformar esse poder político em valor econômico, por diversos modos.
O Estado passa a funcionar como uma máquina de extração de renda ilegal da sociedade, isto é, população como um todo, em contraposição à máquina de extração de renda legal, o sistema de cobrança de impostos, taxas e tributos dos Estados que vivem em um regime não-cleptocrático.
Todos os Estados tendem a se tornar cleptocratas se não ocorrer um combate real pelos cidadãos, em sociedade. Em economia, a capacidade de os cidadãos combaterem a instauração do Estado cleptocrático é fortemente correlacionada ao capital social da sociedade.
A fase “cleptocrática” do Estado ocorre quando a maior parte de sistema público governamental é capturada por pessoas que praticam corrupção política (Origem: Wikipédia).
(3)G8 é um grupo internacional de sete países mais industrializados e desenvolvidos economicamente do mundo, mais a Rússia. Todos os países se dizem nações democráticas: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e o Canadá (antigo G7) e agora a inclusão da Rússia que possui um grande arsenal nuclear enferrujado intimidativo.
Moradores do bairro de Ouro Verde, região metropolitana de Curitiba, já não conseguem inibir os assaltos violentos que ocorrem na região.
O medo fez com que os moradores do bairro ampliassem a altura dos muros, colocassem cercas elétricas e outras parafernálias eletrônicas em suas residências e comércios, mas mesmo assim não conseguem persuadir os criminosos.
Pelo visto, o Estado, apesar dos altos impostos cobrados dos contribuintes, não consegue impedir o aumento da criminalidade na região, o que , álias, vem se espalhando por vários outros bairros.
Por esse caminho, em uma tentativa quase que patética, os moradores resolveram colocarar um outdoor com a seguinte mensagem: “Srs. assaltantes mudem de bairro, aqui todos já foram assaltados”.
Na realidade, esse outdoor é mais um pedido de socorro para o Estado apático, o qual pouco faz para a segurança dos seus cidadãos. O pior é que essa situação se repete em todo os recantos do Brasil, com o aumento desproporcional da criminalidade e da impunidade.
A situação pode piorar ainda mais com a aplicação da lei 12.403/2011, a qual torna a prisão em flagrante e a prisão preventiva de difícil aplicação. Suspeitos pegos em flagrante, em crimes de penas não superior a 4 anos, desde que não sejam reincidentes, pagarão uma fiança e ficarão em librerdade até o surgimento da sentença definitiva.
Essa nova lei colocará nas ruas milhares de delinquentes que já estão trancafiados (réus primários pelo menos no papel) para aguardarem em liberdade o resultado de suas ações criminais que ainda estão tramitando.
Outrossim, a população deveria de se acordar ainda mais para essa grave e perigosa realidade. Deveria de se manifestar por meio de manifestações gigantescas por todas as capitais do País. Milhares do povo fizeram a marcha (liberada inclusive pelo STF) em junho para a liberação da maconha, então poderiam fazer manifestações para pressionar os políticos e governos a terem mais respeito para com o povo e para com a sua segurança, já que muitos desses políticos , os quais se dizem representantes do povo, incentivaram o desarmamento da população e o resultado é o que estamos vendo nos noticiários diários divulgados pelas mídias: o recrudescimento da criminalidade em todo o Brasil, a impunidade crescente e o crescimento do bilionário mercado privado de segurança apenas para aqueles que podem pagar.
Para finalizar, a quem se interessar, pode ver o vídeo abaixo e depois faça as suas próprias e necessárias conclusões.
Formação em Ciências Humanas (Direito) pela UEPG- Especialista em Direito Civil, Direito Processual Civil, Segurança Pública e Metodologia do Ensino Superior - Téc. em Criminologia (POR) e Vitimologia (POR), Ext. em Psicopatologia e Suas Interfaces.
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